Endereços

Aquarela XV - 3402-5528 / 3434-0328
Aquarela São João - 3422-1234 / 3422-7880

terça-feira, 5 de abril de 2016

Quando a criança já pode engolir comprimidos?

Confira 5 dicas do pediatra e homeopata Moises Chencinski

Com que idade o meu filho já pode tomar comprimidos?
Apesar de não haver uma idade exata, em geral, por volta dos 8 ou 10 anos, a criança já consegue se adaptar aos comprimidos.

É normal ela ficar nervosa na hora de tomar o remédio?
Sim, mas estudos explicam que a capacidade de engolir uma pílula não está diretamente ligada à idade, mas sim, à ansiedade. “A pílula é uma substância sólida. Nós aprendemos que temos que mastigar algo que é sólido. É preciso uma mudança mental para relaxar a garganta e ser capaz de engolir”, comenta o pediatra Chencinski. Por isso, se para alguns adultos engolir comprimidos pode não ser tão fácil, imagina para algumas crianças.

O que posso fazer para ajudar meu filho nesse processo?
Paciência, treino e tranquilidade. É preciso muita conversa com a criança para que ela assimile, aos poucos, que esse é um dos meios para que se cure de alguma doença. E que não vai acontecer nada de errado com ela. Vale até, como sugere Chencinski, criar uma história em cima da situação: “Peça a criança para imaginar que a língua é uma onda de água e a pílula é o surfista”, exemplifica. Outra opção é tentar que ela beba um pouquinho de água primeiro e a pílula seguida por um suco, ou vice-versa. Mas ela precisa estar, sobretudo, calma.

Posso cortar o comprimido ao meio para facilitar?
Não! Segundo o especialista, cortar, esmagar ou dissolver o comprimido não são boas opções. Além de enganar a criança, alguns medicamentos têm restrições quanto a misturas e alterações na sua forma física. Outro ponto é o risco de que, com essas técnicas, você não ofereça a dose inteira para a criança.

E se ela não conseguir, o que fazer?
Converse com o pediatra e peça para que ele troque o medicamento por outra apresentação, como xaropes, gotas, supositórios. E, claro, espere passar um tempo e, em uma próxima oportunidade em que seu filho precisar ser medicado novamente, tente oferecer o remédio em forma de comprimido. Porém, jamais use frases do tipo “Você já é um moço. Precisa engolir isso”. Não vai ajudar em nada, além de deixar a criança mais ansiosa. Paciência é a chave para qualquer conquista.
Fonte: Site Revista Crescer

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Pais e mães que cuidam bem de si mesmos fazem a família toda ser mais feliz.

Esse é apenas um dos dados de um estudo feito pelo Facebook IQ. Com base nos dados do Facebook e do Instagram, a pesquisa mostrou também como o acesso à tecnologia – e principalmente às redes sociais – vem alterando as tradições familiares.
Sim, a nova geração de pais está mudando – e muito! E a participação da internet e das redes sociais tem um papel-chave nessa mudança. Uma pesquisa realizada pelo Facebook IQ mostra bem essa revolução. Especialistas analisaram dados de Facebook e Instagram de 8.300 pais e mães de 25 a 65 anos de idade, de 8 mercados diferentes ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Eles descobriram que os pais que hoje estão na faixa de 18 a 34 anos têm uma probabilidade 30% maior de consultar informações na hora de fazer uma compra do que os pais que estão na faixa dos 50 aos 60.
Um dos dados mais bacanas encontrados pelo estudo é que 38% dos pais dizem que sua família está melhor quando eles estão em seu melhor. Ou seja, os pais estão percebendo cada vez mais que, se eles cuidarem de si mesmos em primeiro lugar, serão capazes de ser melhores. Eles conseguirão lidar com suas responsabilidades diárias e com as tensões, que inevitavelmente aparecem, de uma forma mais amorosa e cheia de energia.
“Eu vivo para o meu filho”

Culturalmente, ainda existe um discurso de que os pais e, principalmente as mães, têm que se dedicar exclusivamente aos filhos, que as crianças devem ser sempre prioridade absoluta. Então, quando eles fazem algo para si, como deixar as crianças com a avó para ir ao cinema em uma sexta à noite, muitas vezes são chamados de egoístas. “Como assim, largar o filho pequeno para ir se divertir?” Mas ser egoísta, acredite, não é necessariamente algo ruim. “A gente tem que tirar o rótulo negativo da palavra egoísmo. Ser egoísta nada mais é do que se colocar em primeiro lugar. Quando uma pessoa se coloca em primeiro lugar, ela cuida da vida dela. Ela se ama, se trata bem, tem energia para tomar conta da sua própria vida e também para cuidar do próximo”, explica a psicóloga Rita Calegari, do Hospital São Camilo (SP). É válido inclusive lembrar que situações extremas exigem a mesma conduta: em caso de despressurização da cabine de um avião, você deve primeiro colocar a máscara de oxigênio em si para ter condições de ajudar a pessoa ao seu lado.
Um pai, por exemplo, que se organiza para deixar os filhos na escola de manhã e reserva uma horinha do dia para correr sozinho no parque, ou para tomar um café da manhã mais demorado na padaria, não está sendo egoísta: ele está se cuidando. E o fato de reservar um horário exclusivo para si mesmo, para fazer algo que é importante para ele, pode trazer grandes benefícios à saúde, tanto física, quanto psíquica.
”É preciso escolher algo que faça diferença na sua qualidade de vida e que seja realmente importante para você”, completa Rita. Além disso, o planejamento requer responsabilidade. É preciso ter certeza de que seu filho está sendo cuidado por uma pessoa de confiança e que ele conheça nos momentos em que você se ausenta.
Fonte e matéria completa: http://revistacrescer.globo.com/Familia/Rotina/noticia/2016/02/pais-e-maes-que-cuidam-bem-de-si-mesmos-fazem-familia-toda-ser-mais-feliz.html

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Festa Junina 2015



Alguns itens podem ter sido doados antes do tempo hábil para atualização dessa lista. Pedimos que liguem antes do envio para detalhes. (19) 3402-5528 / 3434-0328 Obrigado.



terça-feira, 14 de abril de 2015

A importância de estimular a leitura desde cedo.



É a curiosidade que faz com que as crianças se desenvolvam e amadureçam. Esta característica faz com que desde muito cedo, tenham interesse em saber o que está escrito nos anúncios e outdoors que se encontram nas ruas. Para além disso, querem saber os números e as letras, para que consigam dizer quantos anos têm e escrever o nome nos desenhos. Com o avanço da tecnologia e a atratividade dos tablets e celulares, nem sempre acabam se interessando pela leitura de livros. Mas nem isso pode ser usado como desculpas afinal já existem diversas opções de livros infantis com texturas, surpresas, saliências e mistérios que encantam os "baixinhos". Para quem não abre mão da tecnologia é possível ter acesso a uma infinidade de aplicativos e livros para baixar, muitas vezes gratuitamente. O importante é não deixar de estimular a leitura desde cedo seja ela da forma que melhor lhe convier. Seguem 20 títulos infantis em formato pdf para baixar (pc ou tablet).
  1. A borboleta azul
  2. A Bruxa e o Caldeirão
  3. Amanda e os Nanorobôs
  4. Chuva e sol
  5. Conto ou não conto?
  6. Dom Quixote
  7. Eu que vi, eu que vi
  8. Histórias da Avózinha
  9. Histórias que acabam aqui
  10. Meiguice
  11. No reino das letras felizes
  12. O galo Tião e a dinda Raposa
  13. O galo Tião e a vaca Malhada
  14. O leão Praxedes
  15. O mistério do anel de pérola
  16. O pacto maldito e outras histórias de morte
  17. O peixinho e o gato
  18. O ramo verde
  19. O ratinho Rói-Rói
  20. Pai, posso dar um soco nele?
Boa leitura!

segunda-feira, 9 de março de 2015

Crianças se preocupam em ser magras cada vez mais cedo, revela estudo.


O desejo de cultivar um corpo ideal (leia-se magro) tem se disseminado até entre os pequenos. Foi o que revelou um estudo conduzido pelo Common Sense Media, uma organização norte-americana dedicada a auxiliar filhos e pais a lidar com a profunda influência da tecnologia e da mídia na sociedade. Baseados em uma série de pesquisas relacionadas à autoimagem, os pesquisadores reuniram estatísticas desconcertantes, que oferecem um panorama sobre o tipo de relação que as crianças estão construindo com sua autoimagem. De acordo com a pesquisa, nos Estados Unidos, um terço dos garotos e mais da metade das garotas com idades entre 6 e 8 anos acha que o corpo ideal é mais magro do que o seu. Outro dado revela que uma em cada quatro crianças já tentou fazer dieta depois dos 7 anos.

“Elas passam a perceber seu tamanho corporal por volta dos 2, 3 anos, quando começam a ter consciência do tamanho do pulo que podem dar, de quais objetos encaixam em qual espaço, de qual roupa serve num boneco”, explica a psiquiatra Marcia Morikawa, do Núcleo de Medicina Psicossomática e Psiquiatria do Hospital Israelita Albert Einstein (SP). É a partir daí que os pequenos passam a se comparar com os demais: amigos, adultos e, claro, com todos os personagens que aparecem na mídia.

As barrigas trincadas, as formas esguias e “sequinhas” e os braços e pernas duros e bem definidos de homens de mulheres que estrelam propagandas, filmes e programas de televisão têm uma influência direta – e maléfica – na definição de parâmetros relacionados não só ao corpo ideal, mas também ao que se entende por sucesso. “A publicidade é que determina os padrões de beleza. O modelo da magreza começou nos anos 1960, com a Twiggy (famosa modelo da época), e foi se acentuando desde então”, explica o psiquiatra Marco Antonio Bessa do Hospital Pequeno Príncipe (PR). Para se ter uma ideia de como os padrões de beleza se enrijeceram, basta saber que o índice de massa corporal (IMC) da Miss America caiu de 22 pontos, nos anos 1920, para 16,9, nos anos 2000.

As crianças são mais sugestionáveis que os adultos. “Elas são mais imaturas: ainda não têm capacidade de contrapor e criticar o modelo e, assim, tendem a reproduzir aquilo que observam”, completa Bessa. Elas querem ter a cinturinha das princesas da Disney, os músculos dos super heróis e a aparência das celebridades que estampam as capas das revistas.  A boa notícia é que apesar de a influência da mídia ser inegável – e até incontrolável, em certo ponto - as maiores referências ainda são construídas dentro de casa.

Família-modelo
“Crianças pequenas se espelham em modelos que as cercam, para copiar a maneira de agir e pensar. Pais que manifestam insatisfação corporal ou que são muito críticos quanto à aparência de outras pessoas influenciam na constituição da autoimagem e da autoestima dos filhos”, explica Marcia. Por isso, fazer observações como “nossa, a fulana engordou muito”, “essa pizza têm muitas calorias” ou “não posso comer esse doce porque é muito gordo” na presença deles pode contribuir para que haja uma distorção da relação com o próprio corpo e com a comida.“Comentários a respeito da alimentação, como julgamentos negativos de certos alimentos, acabam influenciando a maneira como a criança vai encarar aquela refeição”, explica a psicóloga e psicopedagoga Melina Blanco Amarins, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).

A comida está presente nas interações sociais, seja no lanche da escola ou nos encontros de família, e faz parte dos diferentes círculos que seu filho vai frequentar. “As refeições devem ser associadas ao prazer. Se os adultos não compartilharem desta sensação, eles devem tentar não transparecer impressões negativas”, aconselha Melina. Por esse motivo, mesmo que os pais tenham seus próprios dilemas com a comida – e muitas vezes até precisem seguir dietas restritivas por uma questão de saúde -, devem se esforçar ao máximo para tratar a alimentação como uma parte importante do desenvolvimento saudável.

Saúde, sim. Paranoia, não
O grande desafio das famílias vai muito além de adotar um estilo de vida saudável que reflita em um peso adequado: é preciso saber lidar de forma equilibrada com as pressões externas, de modo que a relação com a comida e com o próprio corpo seja algo natural e prazeroso. “Os pais devem estar atentos ao comportamento dos filhos e reconhecer não somente os aspectos físicos, mas também cognitivos”, aconselha Melina. Isso começa pela valorização de outras características que nada têm a ver com a aparência. No lugar de elogiar a roupa ou o penteado de uma criança, pergunte o que ela gosta de ler, diga que ela é esperta, engraçada, inteligente... Não se limite ao bonito ou feio. As qualidades das pessoas vão além daquilo que elas aparentam e você pode ensinar isso ao seu filho a não ficar só na superficialidade, tanto no trato com os outros como na relação consigo mesmo. 

Outro bom exercício é tentar desconstruir os padrões impostos. “Oferecer modelos diferentes de beleza, mostrar que as fotos não são tão reais quanto parecem: tudo isso vai dando à criança mais condições de questionar as informações que ela recebe”, explica Bessa. E sempre vale lembrar: quanto mais exigente você for com a sua própria aparência, mais vai ensinar seu filho a se cobrar também. A melhor maneira de ensiná-lo a ter uma relação bacana com o próprio corpo é mostrar que amamos as pessoas por aquilo que elas são e não pelo que elas aparentam ser – a começar por você!

É coisa séria.
Nos casos mais extremos transtornos alimentares em crianças, os comportamentos são ainda mais radicais: muitas vomitam escondidos ou negam-se a comer. A psicóloga Annebele Gesse, de Blumenau, Santa Catarina, já recebeu diversos pacientes nessas condições. Um deles é uma menina 8 anos e meio, com bulimia e acima do peso, que não conseguia controlar a ansiedade, mas queria emagrecer. “Já fazia quase dois anos que a tia dela havia morrido e ela ouviu que ninguém ia carregar o caixão porque a tia era gorda demais e que, se tivesse comido menos, não teria sofrido ataque do coração”, conta a médica. Outra vez, passou pelo consultório uma menina de 2 anos e meio que não comia nada sólido e vomitava. “A mãe não queria que ela fosse uma criança gorda e batia tudo no liquidificador, pois tinha a ideia que comida líquida não iria engordar a menina”, conta.

Para não deixar que a situação chegue a esse ponto, vale sempre consultar um pediatra caso perceba algum comportamento preocupante. A partir daí, a criança poderá ser encaminhada para um acompanhamento psicológico especializado, se for necessário.
Fonte: Site Crescer

quarta-feira, 4 de março de 2015

Quantas horas seu filho precisa dormir por dia?

National Sleep Foundation atualiza recomendação, que passa a contar com margem de variação. Orientações também valem para o Brasil.
A mesma preocupação que os pais têm com a alimentação, com a higiene e com a segurança dos filhos também deve ser aplicada quando o assunto é o sono das crianças. Isso porque, assim como os outros itens, ele também tem importância vital para o ser humano e, principalmente, para aqueles que ainda estão em fase de crescimento. É o que diz a National Sleep Foundation (Fundação Nacional do Sono), organização americana especializada no tema. O órgão, respeitado no mundo inteiro, divulgou uma tabela atualizada com a quantidade ideal de sono que cada um de nós precisa, de acordo com a idade.
Para reformular o quadro, a instituição fez uma ampla pesquisa durante dois anos com pessoas de diferentes idades, hábitos e origens. Os estudos foram liderados por um grupo de dezoito cientistas, especialistas no assunto, e os resultados também valem para o Brasil, de acordo com Magda Lahorgue Nunes, do Departamento de Neurologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. "Seguimos as recomendações internacionais. Há um levantamento específico do sono nas crianças brasileiras, mas ainda está em andamento", diz a médica.
A principal novidade da tabela americana foi a inclusão de margens que não são ideais, mas aceitáveis. Por exemplo: o ideal é que um bebê de 4 a 11 meses durma de 12 a 15 horas por dia, mas tudo bem se o sono for um pouco menos - de 10 a 11 horas - ou mais - de 16 a 18 horas. "Existem indivíduos com mais ou menos necessidade de sono. De qualquer maneira, as crianças devem dormir mais", explica Nunes. Além de ser essencial para o descanso e fixação do aprendizado, é também durante a noite que o corpo libera os hormônios do crescimento em maior quantidade. "Por isso, a hora de ir para a cama também faz toda a diferença", afirma a neurologista.
A soneca conta?
Quanto menor o bebê, mais tempo ele passa dormindo. Como os recém-nascidos ainda não adquiriram o ritmo de dia e de noite e precisam ser amamentados com mais frequência, o sono vem com intervalos. Conforme crescem, os horários se ajustam. Até cerca de 4 ou 5 anos, as crianças costumam tirar sonecas de uma ou duas horas. Isso se soma ao tempo de descanso da noite.
Um estudo recente, realizado por pesquisadores australianos, sugeriu que as sonecas durante o dia, a partir dos 2 anos de idade estariam relacionadas a uma dificuldade maior de dormir à noite. Magda Lahorgue Nunes discorda. "A soneca em crianças acima de 2 anos só pode atrapalhar o sono noturno se tiver duração acima de uma hora e se ocorrer após as 16 ou 17 horas. Nesta idade, recomenda-se a soneca da tarde logo após o almoço", explica.
Ajude seu filho a dormir
Seu filho não quer saber de dormir cedo? "Criar uma rotina agradável e se ater a ela é o primeiro passo para os pais obterem mais sucesso na hora de colocar os filhos na cama. Se, todos os dias, os pais derem o banho, escovarem os dentes, colocarem o pijama, diminuírem as luzes da casa e contarem uma história, por exemplo, a criança começa a associar todo esse ritual com a hora de dormir. É importante seguir uma rotina, seja ela qual for", indica a especialista.
Tabela das horas recomendadas de sono, de acordo com a National Sleep Foundation:
Fonte: Site Crescer

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Incentivar a autonomia é fundamental para o desempenho cognitivo da criança.

Pesquisa canadense mostra que, quando as mães dão suporte para que a criança possa realizar atividades sozinha, há uma melhora em sua capacidade de resolver problemas, na memória e no pensamento.

Você faz tudo para o seu bebê? Tudo até encaixar um bloco de brinquedo que ele não está conseguindo? Veja só: um estudo realizado na Universidade de Montreal com 78 mães e filhos mostrou que, quando elas dão autonomia às crianças, há um impacto positivo na função executiva, um dos pilares do desenvolvimento cognitivo. Essa função engloba a memória de trabalho, raciocínio, capacidade de resolução de problemas e flexibilidade de tarefas, além da capacidade de planejamento e execução de atividades.

Para o estudo, as famílias foram visitadas em duas ocasiões: quando a criança tinha 15 meses e depois, ao completar 3 anos. Na primeira visita, foi pedido à mãe que ajudasse o filho a completar uma tarefa com um nível de dificuldade consideravelmente alto. Essa atividade durava cerca de 10 minutos e foi gravada em vídeo para que os pesquisadores pudessem analisar o tipo de suporte materno. Ou seja, se ela o encorajava, se era flexível, se incentivava e respeitava o ritmo da criança.

Quando as crianças completaram 3 anos, os cientistas, por meio de uma série de jogos adaptados, avaliaram a força da memória de trabalho e da capacidade de pensar sobre vários conceitos simultaneamente. Aquelas que obtiveram melhores pontuações tinham mães que ofereciam um suporte consistente ao desenvolvimento de sua autonomia.

Autônomo desde cedo?

Você pode até achar exagero dar autonomia ao bebê desde pequeno. Mas trata-se de um processo gradual, que vai se desenvolvendo à medida que o seu filho realiza novas conquistas e adquire condições que contribuem pouco a pouco para que ele se torne independente. “Nós não ‘damos’ autonomia a uma criança, nós vamos ensinando e deixando que ela tente resolver questões, situações e conflitos nos quais houve uma orientação prévia, para que possamos reforçar os conceitos educativos e valores morais ensinados anteriormente. Neste sentido, a escolha da criança não é autônoma, mas supervisionada por pais ou responsáveis”, explica a psicóloga Rita Calegari, do Hospital São Camilo (SP).

Por isso, não se assuste: incentivar essa independência do seu filho é muito diferente de deixá-lo tomar decisões e fazer escolhas por conta própria. “Esse estímulo desde bebê é extremamente desejável. Para um desenvolvimento psicológico saudável é necessário que se interaja com o ambiente e que este o desafie, isto é: propor à criança situações que estimulem a busca ativa por soluções”, explica o psicólogo e neurocientista Hudson de Carvalho, do Código da Mente. 

Isso quer dizer que você deve estar ao lado da criança, orientando no que for possível, incentivando a realização de tarefas e propondo novos desafios, sempre permitindo que ela supere seus limites e explore o ambiente, dentro do que for seguro. “Dar espaço e oportunidade ao bebê é um ato de amor, cuidado e desprendimento”, explica o psicólogo Hudson.

É precisamente este terceiro item que representa o maior obstáculo para os pais: todo mundo quer ver o filho feliz e realizado, por isso é difícil (e doloroso) vê-lo lidar com o erro e a decepção sem interferir.  “O desprendimento surge quando o pai e mãe permitem que a criança lide com a frustração. Deve-se dar incentivos para que o bebê tente resolver algo que tenha condições de dar conta sozinho”, completa Hudson.

Quer saber como, no dia a dia, você pode incentivar a autonomia do seu filho? Confira abaixo dicas que você pode aplicar de acordo com a idade da criança:

- Envolva a criança aos poucos em pequenas escolhas do dia a dia. Deixe-a decidir qual será a sobremesa do almoço de sábado, por exemplo. Dê opções de trajes para que decida o que prefere vestir, apresente diferentes livros. Dica: limite o número de opções para que ela não se sinta perdida.

- Deixe o seu filho ciente sobre os ônus e bônus de toda a escolha, antes que ela decida o que quer e dê tempo para que possa refletir.

- Se a criança se arrepender da escolha que fez, ensine-a a lidar com a frustração! Explique que é assim mesmo, que haverá outras oportunidades e que ela fez o que achou melhor para aquele momento. Não a critique ou diga "eu te disse!".

- Separe todos os dias 30 minutos para brincar com seu filho e neste período de tempo se proíba de corrigi-lo, repreendê-lo e guiar a brincadeira. Faça aquilo que ele indicar que quer fazer - desde que não o coloque em risco, claro!

Mas é sempre válido lembrar que estimular a autonomia não significa deixar seu filho fazer o que quer o tempo todo. Isso apenas irá deixá-lo mimado.

Fonte: Site Crescer