Descubra por que aprender a língua inglesa é importante para a formação do seu filho
O inglês é uma ferramenta muito importante no aprendizado das crianças
O inglês está em todo lugar. No nome de lojas e de produtos, nas músicas que tocam nas rádios, nos programas que assistimos na televisão e, claro, na internet... E isso não acontece só no Brasil. O mundo atual, ou pelo menos o mundo ocidental, está conectado por meio da língua inglesa e saber se comunicar nesse idioma pode ser decisivo para a vida profissional - e até pessoal - de seu filho no futuro. "O inglês assumiu uma importância enorme. Tornou-se a língua de referência para a comunicação, tanto para negócios, quanto para lazer", diz Rita Botter, coordenadora de inglês do colégio Vera Cruz, em São Paulo.
Você ainda tem dúvidas sobre seu filho aprender uma segunda língua? E por que optar pelo inglês? Esta matéria ajuda a responder algumas dessas questões!
1. Qual a importância de uma segunda língua?
"Só de aprender outro idioma, a pessoa ganha em seu desenvolvimento mental", diz Rita Botter, coordenadora de inglês do colégio Vera Cruz. A aprendizagem ajuda a desenvolver a criatividade e o raciocínio, melhora a concentração e as habilidades de memória. As crianças que aprendem um segundo idioma têm mais facilidade de aprender novos idiomas, pois o cérebro já conheceu outras possibilidades de estruturar frases. "O maior privilégio do aluno é a possibilidade de ter contato com outras culturas e se comunicar com indivíduos que não falam a sua língua. Tudo isso, sem a necessidade de viajar", completa Rita.
2. Por que o inglês é tão importante?
O inglês é hoje o idioma mais utilizado para a comunicação intercultural. É a língua do mundo globalizado, da internet e das redes sociais. "O inglês permite a comunicação com pessoas de outros países e proporciona maior acesso à cultura e ao lazer", comenta Paula Giannini Corrêa de Mello, coordenadora pedagógica geral para ensino de línguas. Além disso, falar e escrever em inglês tornou-se um pré-requisito para muitos empregos e oportunidades de estudo.
A chegada da Copa e das Olimpíadas no país também deve estimular a população a buscar o inglês para se comunicar com os estrangeiros. "O próprio governo precisa dar mais importância ao assunto, oferecendo maneiras de instrumentalizar as mais diversas classes sociais", diz Rita Botter, do Vera Cruz.
3. Existe hora certa para começar a aprender inglês?
Não há uma idade ideal para aprender uma segunda língua. O mais importante não é quando, mas como. "Não adianta a criança aprender cedo, se as condições não forem adequadas. O aprendizado não é simples e os pais precisam entender que o investimento é de longo prazo", diz Rita Botter, coordenadora de inglês do colégio Vera Cruz.
Respeitar o ritmo de cada aluno também é crucial. Não há um tempo padrão para aprender. "No entanto, é preciso que fique claro que não se aprende uma língua em apenas um ou dois anos", diz Rita. A aquisição de uma língua estrangeira deve ocorrer de uma forma gradativa e constante.
"As crianças nascem prontas para desenvolver muitas habilidades, entre elas a linguagem". As que começam cedo teriam mais facilidade de aprender inglês sem sotaque, dominando a língua com fluência e desenvoltura.
4. Quanto tempo leva para dominar a língua?
Isso depende muito do objetivo de cada aluno. Para alguns, conversar fluentemente sobre assuntos do dia a dia é suficiente, portanto, não demandará muito tempo de estudo. "Porém, se o desejo é ter fluência para discutir assuntos abstratos, será necessário não apenas um tempo maior de estudo, mas uma maior maturidade cognitiva, emocional e social”.
5. Há uma maneira certa de aprender em cada idade?
Sim. É importante ressaltar que a maneira de aprender outra língua é diferente para cada idade. "Uma criança muito pequena, por exemplo, pode não estar pronta para aprender regras gramaticais. Mas mesmo assim, já consegue desenvolver compreensão oral e pronúncia".
Existem vários métodos para o ensino de uma segunda língua. Porém, algumas ações facilitam o aprendizado, principalmente das crianças: o curso precisa ser lúdico, e deve ser uma experiência prazerosa. E as atividades devem ser muito variadas: jogos, brincadeiras, histórias, desenhos, vídeos etc.
6. O que os pais precisam saber sobre o curso de inglês?
O mais importante é conhecer a proposta pedagógica do curso. "Ela deve respeitar a faixa etária e o nível de inglês da criança", conta Rita Botter, coordenadora de inglês do colégio Vera Cruz.
Também é legal saber mais sobre os professores. Além do conhecimento na língua inglesa, é interessante que eles tenham uma especialização na área educacional/pedagógica. "Os pais não costumam se informar sobre isso, e dão pouco valor ao quesito educador’. Mas toda aula é crucial na formação pessoal do aluno", diz Rita. Para ela, o que menos conta são as experiências de um professor no exterior.
7. Como os pais podem ajudar no aprendizado de seu filho?
O envolvimento dos pais tem uma influência enorme no aprendizado do filho. O ideal é que os pais mostrem interesse e ajudem com as tarefas somente quando necessário. "É importante que as próprias crianças façam as atividades”.
Reagir positivamente a qualquer manifestação da criança em inglês também é importante. Isso motiva e ajuda a criança a se sentir segura, e não inibida. A educadora alerta para o efeito negativo de pais que pedem para seus filhos traduzirem textos ou que testam seus conhecimentos na língua.
Como alternativa, vale a pena incentivar a prática do inglês por meio da leitura de livros, revistas, pesquisa em websites, filmes, seriados e músicas. E, é claro, quando possível, vale a pena investir em viagens internacionais ou em contatos com estrangeiros.
8. Meu filho pode aprender inglês fora da escola?
Desde 1996, por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (no 9.394) tornou-se obrigatório o ensino de pelo menos uma língua estrangeira nas escolas brasileiras, a partir da 5ª série. E o inglês tem sido a opção na maioria dos casos.
No entanto, muitas escolas - públicas e particulares - não oferecem aulas de qualidade. Como resposta à deficiência no ensino, muitos pais têm optado por inscrever seus filhos nos cursos de idiomas que existem em suas cidades. Os preços são variados. E há opções gratuitas. Procure se informar na associação de moradores de seu bairro, nas igrejas da região e em Organizações Não-Governamentais (ONGs).
Mas lembre-se! É obrigação do governo assegurar que as crianças e jovens tenham um bom ensino, inclusive de línguas estrangeiras. Portanto, exija educação de qualidade na escola de seu filho.