A ação de brincar e o interesse das crianças evoluem conforme a faixa etária, desenvolvimento sócio-afetivo e hábitos culturais.
A partir do momento que engatinha, o bebê aumenta seu campo de atuação ainda mais, evoluindo, até conseguir andar e explorar o mundo sozinho. À medida que cresce, portanto, suas atividades tornam-se cada vez mais especializadas e complexas. A ação de brincar e o interesse evoluem conforme sua faixa etária, seu desenvolvimento sócio-afetivo e seus hábitos culturais.
Uma criança consegue brincar ainda que não possua brinquedos. Entretanto, afirma a professora Luciana Fiel, coordenadora técnica do curso Confecção de Brinquedos Pedagógicos com Sucata e Dobradura, “uma vez que se pensa em dar um brinquedo a uma criança, é importante que ele seja adequado à sua idade e ao seu desenvolvimento”.
É preciso que a criança tenha liberdade para brincar da forma que achar melhor. Os pais devem proporcionar espaços destinados à brincadeira, passando para ela, nesses momentos, as noções de limite. Por exemplo, cozinha e banheiro não são lugares de brincar. Em vez de falar não para a criança, nesses momentos, é importante que os pais e educadores mostrem opções do que se pode fazer, como por exemplo, indicar outros locais para brincar.
Enquanto a criança não ingressou na escola, deve brincar o máximo que puder, depois, é conveniente estipular horários, de modo a conciliar o tempo dedicado aos brinquedos com as tarefas escolares. Ainda assim, devemos lembrar que, uma boa escola infantil é aquela que usa a brincadeira e o brinquedo como recursos pedagógicos.
Brinquedo é uma forma de estimular a atividade criadora e a percepção infantil. Os brinquedos industrializados e artesanais exercem a mesma função na vida da criança.
Do modo que conhecemos hoje, o brinquedo é produção recente, fruto da especialização industrial. Sabe-se que nunca existiu uma diversidade de brinquedos tão ampla à disposição das crianças. Antigamente, os brinquedos artesanais eram objetos próximos, nascidos na relação da intimidade familiar. Se na rua houvesse um marceneiro, a criança podia ter animais de madeira. Quando se compravam velas para iluminar a casa, ela ganhava boneco de cera. Se o pai ou vizinho era sapateiro ou alfaiate, talvez herdasse restos de couro e pano para brincar. Do sabugo de milho saía a boneca e meias furadas viravam bolas.
Com o avanço da industrialização, o brinquedo passou a ser um objeto adquirido e consumido. Há pais que supervalorizam o brinquedo sofisticado, o mais caro, o eletrônico. O fato é que o brinquedo industrializado tem seu papel na vida da criança da mesma forma que ela se diverte com os objetos mais simples.
“O brinquedo certo é mais do que um meio de gerar consumo e lazer. Ele é também uma forma de estimular a atividade criadora e a percepção infantil, possibilitando à criança desenvolver a inteligência, dotando-a de maior capacidade de apreensão e compreensão.”
Brincar é importante para o desenvolvimento cognitivo, para o desenvolvimento da linguagem e para a socialização. As crianças brincam para buscar prazer, expressar agressão, controlar a ansiedade, estabelecer contatos sociais, realizar a integração da personalidade e, por fim, comunicar-se com as pessoas.
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