Será que você está contribuindo com o desenvolvimento do seu filho?
Pesquisa Ibope revela que as mães priorizam os cuidados físicos aos aspectos comportamentais e emocionais. Fique por dentro dos estímulos relevantes para um crescimento saudável e descubra se você está no caminho certo
A Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, instituição dedicada à disseminação de conhecimento sobre a primeira infância, encomendou o levantamento com o intuito de avaliar o que as mães de crianças na faixa etária entre 0 e 3 anos consideram essencial para o desenvolvimento infantil. De cara, veio a boa notícia de que elas dispensam a devida atenção à saúde, já que 51% consideram que levar ao pediatra regularmente e manter a vacinação em dia devem ser preocupações primordiais. Em contrapartida, os esforços dedicados ao lazer e às trocas afetivas parecem ficar em segundo plano. Apenas 19% das entrevistadas mencionaram brincar e passear como prioridades e somente 12% citaram a importância de receber carinho.
“Uma interação de qualidade entre pais e filhos é fundamental para promover os estímulos necessários a um bom desenvolvimento integrado, que envolve questões cognitivas, emocionais e motoras”, esclarece o neuropediatra Saul Cypel, da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal. “Durante um jogo, a mãe tem a oportunidade de ensinar a criança a esperar sua vez e a assimilar regras. Na hora do lanche, auxiliar no manuseio dos talheres ajuda a treinar a coordenação motora. Explicar ao pequeno como ele pode se vestir sozinho estimula sua autonomia, e assim por diante”, exemplifica o médico. Segundo ele, é importante ter em mente que as bases da estrutura cognitiva de um indivíduo se estabelecem, principalmente, nos três primeiros anos de vida. “A plasticidade cerebral permite que o aprendizado continue até os 80 anos de idade mas, à medida que o tempo passa, os custos ficam mais altos”, avisa.
O escândalo que algumas crianças fazem diante de uma
frustração pode acabar com o dia de qualquer um. Perdidos e nervosos com o
barulho e a atenção que a criança atrai, muitas vezes em público, os pais não
sabem o que fazer. A solução não envolve gritos, puxões de orelha ou palmadas ,
mas sim firmeza e autoridade, desenvolvidas a médio prazo.
Os pais devem contornar a situação com firmeza, sem apelar
para gritos ou palmadas
Segundo a psicóloga Dora Lorch, autora do livro “Superdicas
para Educar bem seu Filho” (Editora Saraiva), enquanto as crianças não sabem
lidar com o “não”, só os pais podem tomar uma atitude capaz de melhorar a
situação. Foi o caso da especialista em mídias sociais Samantha Shiraishi , mãe
de dois meninos e autora do blog “A Vida Como a Vida Quer”.
Quando era pequeno, Giorgio, hoje com nove anos, queria
comer um pacote inteiro de balas de uma só vez. Ao proibi-lo, o menino deu um
escândalo no meio do metrô. Na hora, sem perder o controle, Samantha determinou
que ele não poderia mais comer aquela bala enquanto não aprendesse a se
comportar em público. “Até hoje, quando alguém oferece a bala, ele lembra que é
a ‘bala proibida’”, diz a mãe.
Segundo especialistas e mães, táticas como esta podem ser
muito efetivas para lidar com as birras infantis.
O que fazer quando seu filho abre aquele berreiro no
supermercado – e como evitar que isso aconteça
Falar é fácil, mas na prática é sempre mais difícil....Mesmo
assim veja algumas dicas de como lidar com a situação:
1. Não perca o controle: seja firme, mas também acolhedor
Assim que a criança começa a fazer uma cena dramática no shopping ou no parque, é melhor segurar as rédeas da situação do que entrar na mesma dança. Pode ser que você esteja ficando muito irritado, mas segundo o psicólogo e terapeuta familiar João David Cavallazzi Mendonça, pais que perdem o controle podem assustar ainda mais a criança e tornar a birra ainda pior.
Mas os pais tampouco devem amolecer. Segundo a psicopedagoga Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), os adultos devem manter firmeza no tom de voz e falar com a criança na altura delas, explicando que atitudes como esta não irão mudar nada. Ao perceber que a criança está prestando atenção, João David ainda indica demonstrar acolhimento: segurá-la no colo e explicar o porquê da negativa poderá ajudar bastante.
2. Não ceda aos apelos da criança e mantenha a palavra
Por culpa ou falta de paciência, às vezes os pais acabam cedendo aos pedidos dos filhos e deixam a birra passar como se não fosse nada demais. Esse é um erro fatal: segundo Dora Lorch, a criança pode ficar cada vez mais autoritária, pois percebe uma maneira de sempre conseguir o que quer. Segundo a psicóloga e psicoterapeuta familiar Ana Gabriela Andriani, as crianças precisam entender que nem sempre terão o que desejam e quando desejam, e que sua insistência não é uma cartada aceita nesta hora.
3. Dê exemplos: sair batendo porta dentro de casa não é um deles
Que os pais devem ser bons modelos para seus filhos e esta premissa vale também para momentos de raiva em que o adulto resolve fazer a própria “birra” – batendo uma porta em casa após um momento de estresse, por exemplo. “Às vezes a criança está apenas repetindo o comportamento da mãe”, diz Dora Lorch.
4. Não dê atenção à birra Aos dois anos, Rafaela, filha da socióloga Ariane Torezan, foi com a mãe ao supermercado. Quando Ariane proibiu a filha de levar para casa uma guloseima, Rafaela se deitou no chão, começou a chorar e a gritar. “Não tive dúvidas: virei as costas e continuei andando. Ela não teve outra alternativa se não parar de chorar e vir atrás”, relembra Ariane.
Para o psiquiatra e educador Içami Tiba, autor de “Disciplina: Limite na Medida Certa” (Integrare Editora), as crianças precisam passar pelo estresse de perder a segurança na hora da birra. “Se ela se sente insegura, muda. A criança fica preocupada se os pais a deixam”. Rafaela, hoje com nove anos, nunca mais teve qualquer comportamento parecido.
5. Dê castigos proporcionais (e não se sinta culpado depois)
As crianças devem entender que seus atos têm consequências. Para não se arrepender no meio de um castigo , os pais devem calcular adequadamente o tempo de punição. “Para uma criança de dois anos, um castigo de dez minutos já é o bastante”, recomenda Quézia Bombonatto. Na orientação da Supernanny Cris Poli, um minuto por ano de idade é uma boa medida. Mas tudo depende da gravidade da birra e de como aquela família funciona.
6. Não meça forças com a criança e seja flexível de vez em quando
Os pais devem ser firmes e mostrar quem coloca as regras no dia a dia. Mas isso não significa incorrer no autoritarismo. “O ‘não pode’ deve ser usado para o que realmente é importante”, diz Quézia Bombonatto.
Se a criança começa a desarrumar a sala logo após uma arrumação, os pais não precisam proibi-la, mas podem deixar claro que ela terá que arrumar tudo depois. Algumas coisas podem e devem ser negociadas com a criança. Afinal, será que 10 minutinhos a mais no parquinho é um grande transtorno? “Essa flexibilidade também pode ser benéfica”, concorda João David.
7. Explique o que ela está sentindo e veja o que está acontecendo Dar nome ao que a criança está passando pode ajudá-la a se controlar. “Ela ainda está em processo de aprendizado e precisa aprender a identificar o que está sentindo”, explica João David. Assegurá-la de que ela está sendo, de alguma forma, compreendida, é importante.
Por isso, o adulto deve sentar com ela e explicar que sabe como ela se sente, mas agora não é possível ter o que ela quer, pela razão que for. Descobrir as razões infantis também é necessário. Às vezes, a criança pode muda de comportamento por uma razão não aparente, como o nascimento de um irmão mais novo ou a volta da mãe ao trabalho. “Ao ser questionada, a criança vai explicar com menos ou mais recursos, dependendo da idade, e tudo vai ficando mais fácil”, diz Dora Lorch.
8. Distraia a criança
Segundo Quézia Bombonatto, em certas situações chamar a atenção da criança para outra coisa pode ser a melhor saída para a birra. Especialmente quando o comportamento desanda em locais públicos. Fazê-la rir ou distraí-la com outro atrativo costuma ser efetivo e a criança pode esquecer a razão do escândalo que estava fazendo minutos atrás.
9. Compare a atitude dela com a das pessoas ao redor
Ana Gabriela Andriani também sugere comparar a criança com as outras pessoas no local e mostrar que ninguém mais está chorando, só ela. “A criança só consegue enxergar a si mesma. Ajudá-la a se comparar aos outros é uma maneira de fazê-la se sintonizar com o mundo”, diz.
10. Não insista em conversar na hora da raiva Assim como muitos adultos, a criança não irá ouvir o que os pais estão dizendo no calor de um ataque de birra. “Nesta hora ela está focada na frustração, não está ouvindo”, diz Ceres de Araújo. Por isso, o melhor pode ser ignorar a atitude dela e conversar mais tarde, quando ela estiver mais calma, sobre o ocorrido. Neste período, os pais podem aproveitar para pensar na atitude que irão tomar.
11. Valorize e qualifique a criança sempre que possível
Reforçar positivamente o bom comportamento infantil depois de um ataque de birra ajuda a prevenir novos episódios. Se um dia a criança fez uma birra homérica no parque, ao voltar ao mesmo lugar o pai pode lembrar que confia nela para a história vivida no passado não voltar a acontecer. “Esta é uma maneira de qualificar o filho, mostrar que você acredita que ele pode ser diferente”, diz João David.
12. Tome medidas preventivas
Sentir fome e sono sem poder suprir as necessidades são sensações capazes de deixar qualquer um irritado. Para as crianças, estas sensações podem facilmente se transformar em birra. Por isso, manter uma rotina de sono e alimentação ajuda a evitar a irritação. “Os pais devem identificar o que pode ser evitado. Se sabem que a criança costuma dormir às nove horas da noite, não é ideal sair para jantar neste horário”, exemplifica João David. Fonte: Site iG
Pesquisa
norte-americana mostrou que tamanho do prato influencia no consumo calórico
Para os adultos, não é novidade. Comer em pratos menores geralmente faz com que a gente coma menos. Um estudo realizado nos Estados Unidos e publicado esta semana na conceituada revista científica Pediatrics comprova que essa relação também é válida no caso de crianças.
Pesquisadores acompanharam 42 alunos de 7 anos em uma escola na Filadélfia. Durante algumas semanas, eles variaram o tamanho dos pratos oferecidos na hora do almoço – às vezes eram pratos pequenos, às vezes, grandes, que tinham o dobro do tamanho. As crianças se serviam sozinhas, colocando o quanto queriam no prato. Cada um era medido e registrado pelos cientistas.
Nos dias em que utilizaram os pratos maiores, as crianças colocaram em média 90 calorias a mais. Dessas 90 calorias, apenas metade era consumida. Ou seja, além de comerem mais, o desperdício aumentava para os pratos maiores. Claro que o tamanho do prato não é o único fator que influencia a ingestão de calorias pela criança, mas há um forte indício de que ele também colabora para aumentar o apetite.
Estudo comprova que excesso de cuidado é prejudicial. Descubra como você pode estimular a independência das crianças, de acordo com a idade delas
Quem tem filhos sabe que uma linha tênue separa o instinto de garantir a segurança das crianças e a superproteção. Mas, por mais difícil que seja, é preciso identificar de que lado deste muro você está, porque cuidado e proteção em excesso podem prejudicar o desenvolvimento do seu filho. Essa é a conclusão de um estudo realizado pela Universidade Macquerie, na Austrália.
Para chegar a esse resultado, os pesquisadores avaliaram o comportamento de 200 crianças, com idades entre 3 e 4 anos, e de suas respectivas mães. Eles perguntaram a elas se permitiam que o filho escolhesse a própria roupa quando já era capaz e se os deixavam escolher os amigos para brincar, entre outras questões.
Todos voltaram a ser analisados cinco anos mais tarde. Os cientistas concluíram que os filhos de mães superprotetoras eram mais ansiosos do que as outras crianças. “A insegurança da mãe em relação ao futuro do filho e aos perigos inerentes à vida gera, sim, ansiedade na criança”, diz Vivien Bonafer Ponzoni, terapeuta, coordenadora do Núcleo de Psicodrama de Família da Associação Brasileira de Psicodrama e Sociodrama.
Ok, toda mãe sente insegurança em relação ao futuro dos filhos e aos perigos do dia a dia. Isso é normal, mas se torna um problema quando os seus medos passam a interferir diretamente na vida da criança. Se deixá-lo brincar no parquinho do prédio ou ir à festa de um amigo, por exemplo, é um problema para você, então, é hora de procurar ajuda. Essa superproteção pode, sim, prejudicar o crescimento (e amadurecimento) do seu filho.
Dar autonomia a uma criança requer coragem porque você vai ter que controlar o próprio medo e incentivar que o seu filho faça aquilo que ainda não sabe, mas precisa aprender. “Se por um lado a sociedade conseguiu instruir as famílias a conduzirem melhor as crianças, por outro fez com que os pais se tornassem medrosos”, diz Diana Corso, psicanalista e autora de Fadas do Divã (Ed. Artmed). E esse medo cria um círculo vicioso. “A criança perde a possibilidade de acreditar que acreditam nela”.
Para Vivien, o medo e a ansiedade fora do comum só trazem prejuízos para a saúde psicológica das crianças. “Pode resultar em pouco rendimento escolar, baixa autoestima, inquietude, dificuldade de atenção e concentração nas tarefas, agressividade e muitos outros sintomas que a impedem de se desenvolver psicologicamente com segurança”, diz a especialista.
No estudo, foi constatado, ainda, que o risco da criança ser ansiosa é muito maior quando a mãe também sofre com esse problema. “A intenção da mãe ao proteger seu filho das frustrações e perigos revela muito mais de si mesma do que da necessidade da criança em ser amparada”, diz Viven. “Essa mãe precisa de muita atenção, seja por meio da escola, do companheiro ou até mesmo de um profissional para que ela aprenda a transformar os sentimentos de angústia em força e coragem. Desta maneira ela também poderá seguir sua vida e ser mais feliz”, completa.
Veja como estimular a independência do seu filho por faixa etária: - Até 3 anos: Se ele não quiser emprestar os brinquedos a um amigo, converse com seu filho, mas não entregue o brinquedo para a outra a criança. Ele precisa tomar a iniciativa de oferecê-lo e, assim, aprender desde cedo a negociar. A ideia pode ser aplicada em várias situações. - 4 a 5 anos: Ele guarda os brinquedos, escolhe as roupas, escova os dentes, toma banho sozinho – mas você precisa checar se tudo ficou bem limpinho. Ele ainda pode ajudar você em pequenas tarefas domésticas, mas não vale fazer por ele. - A partir de 6 anos: Ele já pode separar o material escolar e arrumar a mochila. Você só supervisiona, OK? Fonte: Márcia Ferreira, psicóloga (SP)
Segundo estudo, Cerca de 30%
dos profissionais seguiram carreira dos sonhos de infância.
Será que
desde cedo já é possível ter sinais do que os filhos serão no futuro? Entenda e
veja o que os pais podem fazer para auxiliar as crianças em sua identificação
profissional.
“O que você que ser quando
crescer?"Se a
resposta que você deu na sua infância é a profissão que exerce hoje, você faz
parte dos 30% que trabalham com o que sonharam quando criança, de acordo com um
estudo realizado pela rede profissional LinkedIn.
Na pesquisa, chamadaDream Jobs(algo como profissões dos
sonhos), a rede entrevistou mais de 8 mil profissionais cadastrados no site, de
17 países, para descobrir quais são as aspirações profissionais mais comuns na
infância e o número de pessoas que acabaram, de fato, seguindo essas carreiras
- o que aconteceu com 1 em cada 3 usuários.
Entre os profissionais que optaram por outras ocupações, em primeiro lugar
aparece como razão o interesse por outras áreas e profissões com o passar do
tempo (43.5%). "O emprego dos sonhos de quando somos crianças é uma janela
para nossas paixões e talentos", disse Nicole Williams, especialista em
carreira do LinkedIn. "Identificar e compreender estas paixões são
fundamentais para melhorar o nosso desempenho no emprego atual, mesmo que ele
não esteja relacionado àquele sonhado quando criança."
Ainda de acordo com os resultados, a profissão mais desejada na infância pelos
homens brasileiros é engenheiro civil (15%) e pelas mulheres, professora
(15,6%).
Além disso, mais de 70% dos profissionais globais entrevistados disseram que a
característica mais importante de um trabalho é "ter prazer no que
faz". Em segundo lugar ficou "ajudar os outros", seguido por
"um salário alto".
Identificação ou vocação?
Será que é possível ter certeza da profissão assim tão jovem? Segundo Maria
Beatriz de Oliveira, psicopedagoga e coordenadora do Serviço de Orientação
Profissional da Unesp, de Araraquara, a resposta é não! “A criança possui uma
visão reducionista do mundo do trabalho. Ela até conhece algumas profissões,
mas não compreende de fato sua complexidade, funções e responsabilidades”, diz.
A psicopedagoga explica que o que acontece, muitas vezes, é que a criança se
identifica com o profissional, mas não necessariamente com a profissão. “A
admiração da criança por alguém da família, um professor que ela gosta muito ou
aquele personagem da TV podem levá-la a gostar daquela ou outra profissão, não
porque sinta vocação para isso, mas porque deseja ser como aquela pessoa”,
afirma Maria Beatriz.
Para Silvio Bock, pedagogo e diretor da Nace - Orientação Vocacional, a criança
é curiosa por natureza, quer experimentar diferentes coisas e é geralmente
nestes momentos que os pais, em uma ansiedade natural, ficam tentando achar
sinais do que elas poderão ser no futuro.
“Quando o filho desmonta um brinquedo e depois tenta remontá-lo, eles dizem:
´vai ser engenheiro´. A criança quando escuta isso e sente que os pais
valorizam a ocupação pode acabar se interessando e querendo aquilo para ela,
mesmo não fazendo muito ideia do que a profissão é na prática”, diz Bock.
Assim, “ideia de vocação” é muitas vezes fruto de uma imagem afetiva
que a criança constrói de determinada ocupação por conta da valorização dentro
de casa, na mídia ou na escola. “As crianças não pensam em profissões de forma
abstrata, mas em rostos que pertencem àquela carreira. Pensam na jornalista da
TV quando cogitam ser jornalistas, no cantor famoso quando pensam em fazer
música, no ídolo do time quando querem ser jogadores de futebol”, acrescenta
Bock.
O papel dos pais
Você deve estar se perguntando se não há nada que os pais possam fazer para
auxiliar seus filhos nesta busca pela identificação profissional. Mas tem, sim!
Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra e escritor do livroPais & Filhos,
Companheiros de Viagem, diz que o mais importante é que os
pais tenham um relacionamento e ambiente familiar propício ao desenvolvimento
das múltiplas habilidades, interesses e aptidões de seus filhos, sem
necessariamente direcioná-los para uma carreira ou outra.
“Qualidades como responsabilidade, pró-atividade, dedicação e compromisso são
importantes para todas as profissões e ajudarão as crianças no futuro,
independente da carreira que decidam seguir”, afirma Shinyashiki. E isso
acontece no dia a dia, como mostrar ao seu filho a importância de realizar os
trabalhos da escola com empenho (e até o fim), ainda que sejam em grupo,
cumprir o horário das aulas, seja na escola, na natação, no balé, até
contribuir dentro de casa, como ser de responsabilidade dele arrumar o quarto,
guardar os brinquedos.
Shinyashiki reforça que as crianças precisam ter a liberdade de experimentar e
descobrir seus diferentes talentos sem precisar pensar em como transformá-los
em trabalho. Isso deverá vir muito depois, só no final da adolescência, quando
o jovem está se decidindo pela faculdade – primeiro passo para a vida profissional.
Você vai perceber que haverá momentos em que seu filho vai ficar dias querendo
desenhar, outros brincando de massinha e, ainda, em outros tentando construir
uma cidade com blocos de montar. Deixe-o livre para explorar!
“Os pais ficam tão preocupados com o sucesso dos filhos que se esquecem de que
o verdadeiro caminho para uma vida profissional bem-sucedida é a felicidade. Se
eles gostarem do que fazem e forem pessoas realizadas terão a melhor profissão
do mundo”, afirma Shinyashiki.