Quase toda criança passa por uma fase assim. Paciência e jogo de cintura são fundamentais.
A maioria das crianças vai viver a fase do “é tudo meu!”, que atinge o seu ápice por volta de 3 anos. Faz parte do desenvolvimento, do amadurecimento e da formação da personalidade. Com o passar dos anos, ela vai perceber que não dá para viver sozinha e aprende a compartilhar. Até lá, dê o exemplo e seja paciente.
- Seu filho não empresta os brinquedos para ninguém
Desde pequeno, gestos simples, no dia a dia, ensinam a arte de dividir: ofereça uma mordida da bolacha, peça ajuda para arrumar a cama, elogie um desenho que ele mostrar (afinal, seu filho está compartilhando isso com você!). Durante aquele ataque de egoísmo, mostre como é mais legal brincar em grupo e proponha uma brincadeira com os outros amigos.
- Na escola, no shopping e até na casa dos outros: sua filha acha que tudo é dela
Tudo o que seu filho vê, não importa onde está, aponta e avisa: “É meu.” Ao ouvir essas palavras, você já sabe que a tempestade vai começar. O melhor jeito de evitar a crise de choro é negociar, levando em conta a idade da criança e usando sempre uma linguagem que ela entenda, falando olho no olho. Até os 2 anos, leve a criança para outro ambiente para distraí-la. A partir dessa idade, já dá para conversar e sugerir uma solução. Uma dica é dizer para escolher o “objeto de desejo” para o aniversário ou para a próxima data festiva. Mas se não puder comprar, fale a verdade. Quando o “piti” é com algum objeto na casa dos outros, explique que, assim como ela, todo mundo tem as suas coisas preferidas. Enfatize, portanto, que aquilo já tem dono e logo mude o foco da conversa.
- Ele sempre chora na hora de devolver qualquer coisa
Comece valorizando a atitude do colega que emprestou o brinquedo, por exemplo. Descreva a situação para a criança: “Olha só que bacana, o seu amigo deixou você brincar com isso, mas agora é hora de devolver.” Se o choro persistir e seu filho continuar agarrado ao objeto, faça com que ele se coloque no lugar do amigo. Pergunte: “você ficaria feliz se ele não devolvesse o seu carrinho?”. Ainda que ele seja pequeno demais para entender, esses diálogos são importantes.
- Seu filho adora ser o centro das atenções
Em casa, não deixe seu filho interromper a conversa dos adultos, explicando que todo mundo tem a sua vez de contar uma história. Controle-se, ainda, para que ele não se torne o seu único assunto (tudo bem ser o principal, mas não o único!). Só assim ele vai aprender a esperar e entender que não é o centro do mundo. O exemplo dos pais, dos educadores e a convivência com outras crianças é fundamental nesse aprendizado.
- Você não pode conversar com ninguém que ela faz um escândalo
Quem nunca viu uma criança tentando separar os pais durante um beijo? Isso acontece de 2 a 3 anos e é totalmente esperado, principalmente em relação à mãe. Se o seu filho chora quando você pega outra criança no colo, relembre alguma situação muito legal que viveram juntos, conte uma história... O objetivo é mostrar a ele que carinho, tempo e atenção podem ser divididos. O importante é não ceder a todas as vontades dele e ter paciência.
Fontes: Anne Lise Scappaticci, psicanalista infantil (SP), Eliane Aparecida Lima, professora da Educação Infantil, do Colégio Santa Maria (SP), Mara Pusch, psicóloga, especialista em comportamentos da infância e adolescência da Unifesp (SP), Marcelo Reibscheid, pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz (SP), Paulo Breines, neuropediatra do Hospital e Maternidade São Luiz (SP), Yves de La Taille, psicólogo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e especialista em desenvolvimento moral.
Fontes: Anne Lise Scappaticci, psicanalista infantil (SP), Eliane Aparecida Lima, professora da Educação Infantil, do Colégio Santa Maria (SP), Mara Pusch, psicóloga, especialista em comportamentos da infância e adolescência da Unifesp (SP), Marcelo Reibscheid, pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz (SP), Paulo Breines, neuropediatra do Hospital e Maternidade São Luiz (SP), Yves de La Taille, psicólogo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e especialista em desenvolvimento moral.
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