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quarta-feira, 4 de março de 2015

Quantas horas seu filho precisa dormir por dia?

National Sleep Foundation atualiza recomendação, que passa a contar com margem de variação. Orientações também valem para o Brasil.
A mesma preocupação que os pais têm com a alimentação, com a higiene e com a segurança dos filhos também deve ser aplicada quando o assunto é o sono das crianças. Isso porque, assim como os outros itens, ele também tem importância vital para o ser humano e, principalmente, para aqueles que ainda estão em fase de crescimento. É o que diz a National Sleep Foundation (Fundação Nacional do Sono), organização americana especializada no tema. O órgão, respeitado no mundo inteiro, divulgou uma tabela atualizada com a quantidade ideal de sono que cada um de nós precisa, de acordo com a idade.
Para reformular o quadro, a instituição fez uma ampla pesquisa durante dois anos com pessoas de diferentes idades, hábitos e origens. Os estudos foram liderados por um grupo de dezoito cientistas, especialistas no assunto, e os resultados também valem para o Brasil, de acordo com Magda Lahorgue Nunes, do Departamento de Neurologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. "Seguimos as recomendações internacionais. Há um levantamento específico do sono nas crianças brasileiras, mas ainda está em andamento", diz a médica.
A principal novidade da tabela americana foi a inclusão de margens que não são ideais, mas aceitáveis. Por exemplo: o ideal é que um bebê de 4 a 11 meses durma de 12 a 15 horas por dia, mas tudo bem se o sono for um pouco menos - de 10 a 11 horas - ou mais - de 16 a 18 horas. "Existem indivíduos com mais ou menos necessidade de sono. De qualquer maneira, as crianças devem dormir mais", explica Nunes. Além de ser essencial para o descanso e fixação do aprendizado, é também durante a noite que o corpo libera os hormônios do crescimento em maior quantidade. "Por isso, a hora de ir para a cama também faz toda a diferença", afirma a neurologista.
A soneca conta?
Quanto menor o bebê, mais tempo ele passa dormindo. Como os recém-nascidos ainda não adquiriram o ritmo de dia e de noite e precisam ser amamentados com mais frequência, o sono vem com intervalos. Conforme crescem, os horários se ajustam. Até cerca de 4 ou 5 anos, as crianças costumam tirar sonecas de uma ou duas horas. Isso se soma ao tempo de descanso da noite.
Um estudo recente, realizado por pesquisadores australianos, sugeriu que as sonecas durante o dia, a partir dos 2 anos de idade estariam relacionadas a uma dificuldade maior de dormir à noite. Magda Lahorgue Nunes discorda. "A soneca em crianças acima de 2 anos só pode atrapalhar o sono noturno se tiver duração acima de uma hora e se ocorrer após as 16 ou 17 horas. Nesta idade, recomenda-se a soneca da tarde logo após o almoço", explica.
Ajude seu filho a dormir
Seu filho não quer saber de dormir cedo? "Criar uma rotina agradável e se ater a ela é o primeiro passo para os pais obterem mais sucesso na hora de colocar os filhos na cama. Se, todos os dias, os pais derem o banho, escovarem os dentes, colocarem o pijama, diminuírem as luzes da casa e contarem uma história, por exemplo, a criança começa a associar todo esse ritual com a hora de dormir. É importante seguir uma rotina, seja ela qual for", indica a especialista.
Tabela das horas recomendadas de sono, de acordo com a National Sleep Foundation:
Fonte: Site Crescer

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Incentivar a autonomia é fundamental para o desempenho cognitivo da criança.

Pesquisa canadense mostra que, quando as mães dão suporte para que a criança possa realizar atividades sozinha, há uma melhora em sua capacidade de resolver problemas, na memória e no pensamento.

Você faz tudo para o seu bebê? Tudo até encaixar um bloco de brinquedo que ele não está conseguindo? Veja só: um estudo realizado na Universidade de Montreal com 78 mães e filhos mostrou que, quando elas dão autonomia às crianças, há um impacto positivo na função executiva, um dos pilares do desenvolvimento cognitivo. Essa função engloba a memória de trabalho, raciocínio, capacidade de resolução de problemas e flexibilidade de tarefas, além da capacidade de planejamento e execução de atividades.

Para o estudo, as famílias foram visitadas em duas ocasiões: quando a criança tinha 15 meses e depois, ao completar 3 anos. Na primeira visita, foi pedido à mãe que ajudasse o filho a completar uma tarefa com um nível de dificuldade consideravelmente alto. Essa atividade durava cerca de 10 minutos e foi gravada em vídeo para que os pesquisadores pudessem analisar o tipo de suporte materno. Ou seja, se ela o encorajava, se era flexível, se incentivava e respeitava o ritmo da criança.

Quando as crianças completaram 3 anos, os cientistas, por meio de uma série de jogos adaptados, avaliaram a força da memória de trabalho e da capacidade de pensar sobre vários conceitos simultaneamente. Aquelas que obtiveram melhores pontuações tinham mães que ofereciam um suporte consistente ao desenvolvimento de sua autonomia.

Autônomo desde cedo?

Você pode até achar exagero dar autonomia ao bebê desde pequeno. Mas trata-se de um processo gradual, que vai se desenvolvendo à medida que o seu filho realiza novas conquistas e adquire condições que contribuem pouco a pouco para que ele se torne independente. “Nós não ‘damos’ autonomia a uma criança, nós vamos ensinando e deixando que ela tente resolver questões, situações e conflitos nos quais houve uma orientação prévia, para que possamos reforçar os conceitos educativos e valores morais ensinados anteriormente. Neste sentido, a escolha da criança não é autônoma, mas supervisionada por pais ou responsáveis”, explica a psicóloga Rita Calegari, do Hospital São Camilo (SP).

Por isso, não se assuste: incentivar essa independência do seu filho é muito diferente de deixá-lo tomar decisões e fazer escolhas por conta própria. “Esse estímulo desde bebê é extremamente desejável. Para um desenvolvimento psicológico saudável é necessário que se interaja com o ambiente e que este o desafie, isto é: propor à criança situações que estimulem a busca ativa por soluções”, explica o psicólogo e neurocientista Hudson de Carvalho, do Código da Mente. 

Isso quer dizer que você deve estar ao lado da criança, orientando no que for possível, incentivando a realização de tarefas e propondo novos desafios, sempre permitindo que ela supere seus limites e explore o ambiente, dentro do que for seguro. “Dar espaço e oportunidade ao bebê é um ato de amor, cuidado e desprendimento”, explica o psicólogo Hudson.

É precisamente este terceiro item que representa o maior obstáculo para os pais: todo mundo quer ver o filho feliz e realizado, por isso é difícil (e doloroso) vê-lo lidar com o erro e a decepção sem interferir.  “O desprendimento surge quando o pai e mãe permitem que a criança lide com a frustração. Deve-se dar incentivos para que o bebê tente resolver algo que tenha condições de dar conta sozinho”, completa Hudson.

Quer saber como, no dia a dia, você pode incentivar a autonomia do seu filho? Confira abaixo dicas que você pode aplicar de acordo com a idade da criança:

- Envolva a criança aos poucos em pequenas escolhas do dia a dia. Deixe-a decidir qual será a sobremesa do almoço de sábado, por exemplo. Dê opções de trajes para que decida o que prefere vestir, apresente diferentes livros. Dica: limite o número de opções para que ela não se sinta perdida.

- Deixe o seu filho ciente sobre os ônus e bônus de toda a escolha, antes que ela decida o que quer e dê tempo para que possa refletir.

- Se a criança se arrepender da escolha que fez, ensine-a a lidar com a frustração! Explique que é assim mesmo, que haverá outras oportunidades e que ela fez o que achou melhor para aquele momento. Não a critique ou diga "eu te disse!".

- Separe todos os dias 30 minutos para brincar com seu filho e neste período de tempo se proíba de corrigi-lo, repreendê-lo e guiar a brincadeira. Faça aquilo que ele indicar que quer fazer - desde que não o coloque em risco, claro!

Mas é sempre válido lembrar que estimular a autonomia não significa deixar seu filho fazer o que quer o tempo todo. Isso apenas irá deixá-lo mimado.

Fonte: Site Crescer

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Associação Americana de Pediatria aprova uso de creme dental com flúor desde o primeiro dente do bebê.

Odontopediatria brasileira já recomenda a aplicação desde 2009.
Nas prateleiras de supermercados ou farmácias, naquele corredor específico de produtos para bebês, a maior parte das embalagens dos cremes dentais indicados para a faixa etária que vai de 0 a 3 anos, destaca: "Sem flúor" ou "Não contém flúor". Há pais de filhos pequenos que têm receio de aplicar nos dentes das crianças as versões com a substância. No entanto, de acordo com uma nova recomendação da Academia Americana de Pediatria, um dos órgãos mais influentes do mundo quando se trata de saúde infantil, os primeiros dentes dos bebês devem, sim, ser higienizados com cremes que contêm esse elemento na fórmula.

Apesar de esta ser a recomendação oficial do órgão brasileiro de odontopediatria desde 2009, somente agora a Associação Americana de Pediatria se manifestou a favor do uso. A Sociedade Brasileira de Pediatria concorda com a orientação. "Alinhado com as recomendações da Academia Americana de Pediatria, o Departamento de Pediatria Ambulatorial da SBP recomenda que crianças a partir do primeiro dente usem uma escova macia e uma quantidade de pasta que equivale a um grão de arroz", diz Tadeu Fernando Fernandes, pediatra e presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da SBP.

Havia o temor de que o creme dental engolido pelos bebês levasse à fluorose, que provoca manchas brancas nos dentes permanentes, antes mesmo de sua formação. A preocupação era ainda maior, considerando-se que a água corrente que sai de nossas torneiras também já vem com uma certa quantidade de flúor. "Existe uma interpretação errada quando se fala que o creme dental causa fluorose. Na verdade, ela é ocasionada pelo excesso de flúor ingerido pela criança, sem o controle dos pais. A pasta deve ser usada, mas na quantidade certa recomendada pelo odontopediatra e sob supervisão de um adulto", diz Luciana Nogueira da Cunha Rosa, professora da pós-graduação em Odontopediatria do Senac Tiradentes. Por isso, os pais devem ficar atentos à concentração de flúor no creme dental escolhido (saiba mais abaixo, em “Como escolher a pasta”), à quantidade aplicada na escova ou na dedeira e se responsabilizar pela escovação dos filhos, principalmente dos menores", afirma Paulo César Rédua, presidente da ABO (Associação Brasileira de Odontopediatria).

Para evitar qualquer tipo de problema com a escolha da pasta, e do momento certo para iniciar o uso da escova e do creme dental para fazer a higiene bucal, é fundamental que os pais levem os filhos ao odontopediatra assim que nasce o primeiro dente. "As orientações variam de acordo com a rotina [alimentar] e com as características de cada criança. Um bebê que já tem cinco dentes, mas não tem contato com o açúcar, pode demandar uma frequência e uma maneira de escovação diferente de outro, com apenas um e que come biscoitos diariamente", exemplifica Rédua. Depois, na maior parte dos casos, as visitas ao consultório podem continuar acontecendo a cada seis meses.

Como escolher a pasta?
Então, os bebês podem usar pastas de dente comuns desde o início da dentição, mas, de volta às prateleiras do supermercado, qual produto escolher, diante de tantas opções? "Os pais devem ler o rótulo e procurar por produtos que tenham uma concentração de flúor entre 1100 e 1450 ppm (partes por milhão). Nos cremes dentais infantis, o que muda é o sabor, geralmente mais atraente para esse público, mas a eficiência é a mesma", explica o presidente da ABO. "Se tiver concentração inferior a 500 ppm, não protege das cáries", afirma. Enquanto a criança ainda não tem os dentes molares (os do fundo, que contêm mais sulcos e fissuras, locais de difícil alcance da escova e, portanto, favoráveis para o acúmulo de bactérias), a limpeza pode ser feita com uma dedeira ou gaze. Depois disso, o uso da escova de dentes torna-se obrigatório. Para escolher, basta seguir a indicação de idade especificada na embalagem.

Quantas vezes e quanta pasta colocar?
Em geral, o ideal é escovar pelo menos de manhã e à noite para os menores de 2 anos. Mesmo que você não consiga supervisionar as outras limpezas do dia, garanta que a última, antes do seu filho ir para a cama, seja bem feita, de preferência por você. Comer somente nos horários certos também ajuda na prevenção da cárie. "Se a criança se alimentar várias vezes ao dia, fora dos horários das refeições e dos lanches, os dentes ficam mais expostos à sujeira", explica Rédua. Uma das funções da saliva é limpar restos alimentares e micro-organismos que favorecem a infecção por cáries. Comer a toda hora, principalmente alimentos que contenham açúcar, sobrecarrega esse mecanismo, que acaba não dando conta do recado. Sem contar, é claro, os outros problemas associados a esse comportamento, como a obesidade.

Os pais também devem ficar atentos à quantidade de pasta usada em cada escovação. Isso também pode ser alterado de acordo com a orientação profissional. A princípio, a recomendação para as crianças de até 2 anos é uma quantidade que equivale ao tamanho de um grão de arroz cru. Depois disso, os pais podem aumentar gradativamente, até o tamanho de um grão de ervilha para os maiores. "Se os pais usarem essa quantidade, não ultrapassam 30% da margem de segurança de deglutição de flúor, ou seja, ainda que a criança engula o creme dental, ela não correrá riscos de ter nenhum problema por conta disso", explica o presidente da ABO.
Fonte: Site Crescer

quinta-feira, 10 de julho de 2014

10 maneiras de estragar um filho

Estragar os filhos é um privilégio dos pais, afinal, eles não conseguem se estragar sozinhos. Siga estes 10 passos a seguir e deixe seu filho completamente estragado.
Bons pais sempre se esforçam em agradar suas crianças, pois a ausência deve ser compensada com muitos brinquedos, mimos e guloseimas. Eles são os reizinhos do lar e temos que agradá-los e satisfazer todas as suas vontades. Afinal, eles são os mais bonitos, espertos e inteligentes filhos que um casal pode ter.

Seguindo os passos abaixo, você criará adultos dependentes, mimados, que esperam que o mundo satisfaça todos os seus desejos ao menor comando deles. E se não conseguem, se deprimem, tornam-se rebeldes, usuário de drogas ou de autogratificação.

1 - Fique ausente por todo o dia e traga trabalho para casa

Quando seu filho quiser sua atenção, ou mostrar algo, finja ouvir e faça hum hum. Assim ele pensa que você respondeu e lhe deixa em paz para trabalhar ou navegar em redes sociais.

2 - Não façam refeições em família

É um hábito ultrapassado onde os pais têm que presenciar os filhos brigando, ou o cônjuge reclamando. Caso seja forçado a fazê-lo aproveite este tempo para enviar sms ou navegar nas redes sociais pelo celular.

3 - Não lhes ensine princípios religiosos ou morais

Não dê conselhos também, para isso você teria que despender tempo em aprender primeiro, ou quem sabe até frequentar uma igreja. Além de tudo ter que ser exemplo de honestidade e caráter moral é cansativo, exige autovigilância constante e traz dificuldades, discussões, desperdício de tempo em longas reuniões familiares. Orar com elas antes de dormir ou contar histórias toma um tempo precioso que você poderia usar para adiantar alguns memorandos ou relatórios para o dia seguinte.

4 - Recompense-os

Vamos concordar, vocês pais têm trabalhado demais e dado pouca atenção aos filhos. Fácil resolver. A culpa nesses casos ajuda muito. Vocês devem enchê-los de presentes. Quanto mais caros melhor. Dê-lhes tudo o que pedirem. Nunca digam "não". Afinal os pobrezinhos já sofrem com o tempo que vocês têm que trabalhar por eles, não é?

5 - Trate-os como propriedades

Esse vale mais para as mães. Afinal, quem é a rainha do lar? O pai é só um coadjuvante, que traz o alimento para casa, ele não entende de criar crianças. Foi a mãe quem os pôs no mundo e o pai não precisa fazer parte da educação dos filhos. Aliás, quanto mais distante ele estiver das crianças, melhor. Se a mãe ainda falar dele de maneira a diminuí-lo aos olhos dos filhos, mais estrago causará aos pequenos.

6 - Não os repreendam

Deixe-os ter liberdade de expressão e falar tudo o que quiserem, inclusive palavrões. Ache graça disso. Ria e eles rirão também e repetirão o palavrão várias vezes, inclusive na frente de outras pessoas. Expressar a raiva também deve ser direito das crianças. Gritar, fazer birra, brigar e bater em outras crianças ou mesmo nos pais é apenas uma maneira inofensiva de extravasar a raiva. Autocontrole é um conceito burguês e que fere a liberdade individual.

7 - Nunca os responsabilize por nada

Crianças são crianças, dar-lhes responsabilidades ou limites é tirar parte de sua infância. Elas não têm que ter tarefas em casa, isso é coisa de adultos. Deixe para a babá recolher os brinquedos ou roupas que elas deixam espalhados. Afinal é para isso que ela é paga. Quando vão mal na escola, não estudam ou brigam com os colegas, a culpa é dos professores. Vá até a escola e brigue com todos. Afinal seu "bebê" é a criança mais doce e inteligente do mundo. Se estragarem os tênis, o uniforme, a roupa de marca ou sumirem com o celular, reponham imediatamente. Seus filhos não devem parecer ter menos condições financeiras que os colegas.

8 - Briguem na presença deles

Afinal, após tantos mimos, eles têm que entender que a vida é cruel e que os pais brigam. Exponham os defeitos um do outro. Quando o marido der uma ordem ou limite, a esposa pode intervir se achar que tal ordem não deve ser dada e dizer isso ao pai com o dedo em riste, para que os filhos entendam que têm uma defensora. Da mesma forma o pai deve desautorizar a mãe. Isso vai ajudar muito a estragá-los, além de deixá-los confusos sobre o que ou a quem obedecer.

9 - Proteja-os do mundo e das pessoas más

O mundo é perigoso e eles são apenas seus bebês. Mesmo que já estejam na adolescência. Não confie neles para saírem sozinhos, encham-lhes de medo e apreensão. Assim eles ficam em casa e vocês pais não precisam se preocupar com sua segurança. Não os deixem voar sozinhos, ter experiências próprias e nem sair de casa, mesmo que já tenham 40 anos.

10 - Evite o contato físico

Principalmente o pai. Abraçar e beijar seus filhos, dizer que os ama, deixe para a mãe. Afinal os filhos podem se aproveitar para manipulá-lo. Isso pode denotar fraqueza, é coisa de maricas. Esconda seus defeitos e seja invulnerável, o superpai que nunca falha.

Seguindo esses 10 passos, com certeza os pais criarão filhos estragados, despreparados para a vida e infelizes. Estragar crianças é muito fácil. Difícil é amá-las, dar exemplo, limites, responsabilidades, direção, ensinar o valor das coisas e os valores da vida, repreender quando necessário e elogiá-las na medida certa.

"O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade." Karl Mannheim

Birra: a hora de dizer não para a criança.

Não é fácil lidar com os escândalos das crianças, mas os especialistas garantem: pais que sabem dizer não e sustentam essa posição têm mais chances de ajudar os filhos

Tudo começa com um chorinho quando o bebê não consegue satisfazer seus desejos – subir na mesa, pegar o controle remoto, não devolver o brinquedo do irmãzinho. Mas o primeiro mandamento para lidar com a birra infantil é não se desesperar.

Gritar e perder o controle só reforça esse tipo de comportamento da criança, que entende a sua reação como parecida com a dela. Quando o pequeno percebe que conseguiu tirá-la do controle e chamou a sua atenção, desconfia que você acabará cedendo, especialmente se estiverem em público. E, aí, salve-se quem puder.

Segundo a psicanalista infantil e familiar Anne Lise Scappaticci, de São Paulo, desde muito cedo as crianças aprendem a arte da manipulação. “Da mesma maneira que sabem que agradam quando são boazinhas, percebem que podem usar a birra para conseguir o que desejam”, diz.

A teima faz parte do comportamento infantil, como uma tentativa de a criança demonstrar certa independência e expressar suas vontades. E aparece por volta de 1 ano e meio de idade.

Quando a criança tenta conseguir o que quer através de showzinhos, a dica é dar um pouco de atenção, sem estender a bronca por horas. Você pode dizer que esse “não” é o jeito de conseguir o que ela quer e por causa disso não vai ter mesmo. E não fique assistindo ao espetáculo, a menos que a criança esteja se debatendo e corra o risco de se machucar.

“Nesses casos, aconselho a abraçá-la e ir conversando até ela se acalmar”, afirma Anne Lise. Se o incidente ocorreu numa festa de aniversário, por exemplo, assim que cessar, volte para casa. Depois de um escândalo como esse, a criança não pode ser recompensada com diversão.

Segundo Vera Iaconelli, psicanalista e coordenadora do Gerar – Instituto de Psicologia Perinantal, se o ataque for muito intenso e você estiver no shopping ou no parque, vale levá-la até o carro para se acalmar e, se for o caso, nem retornar. O problema é acabar com o programa dos irmãos ou da família toda. O ideal é tirá-la do local e mostrar que a birra não levará a nada, que você não mudará de ideia.

“Quando os pais aprendem a lidar com o filho, as birras diminuem. Depois de uma ou duas vezes, ele aprende que a teimosia não adianta e para de insistir. Se isso não acontece, é porque a criança descobriu que fazer cena funciona e ela sempre ganha a parada”, diz Vera.

A maneira de lidar com esses conflitos é decisiva. “Os pais precisam ser firmes, mesmo que o filho chore e fique com raiva deles. Se cedem a cada vez que ele fica desapontado, acabam criando uma pessoa que não suporta a frustração, tem dificuldades de relacionamento e fica malvista pelos amigos, que muitas vezes se afastam”, alerta Anne Lise.

O bebê está brincando, você precisa dar banho nele para sair, mas a criança não quer. Ele se rebela e chora. Nessas horas, o truque é mudar seu foco, chamando a atenção para objetos e pessoas de que ele gosta. Imagine se os pais ou os cuidadores sempre cederem a essa pequena rebeldia? Como conseguirão encontrar um momento para levá-lo à banheira? E quando ele ficar maior, serão os pais capazes de impor obediência?

A psicanalista Vera Iaconelli explica que a capacidade de aceitar regras vai se desenvolvendo ao longo do tempo e os pais não precisam fazer disso uma batalha, entrando em constante confronto com a criança.

“Alguns pais têm tanto pavor da birra que negam tudo, vetando qualquer chance de o filho se revoltar e descobrir por si só o que quer. O equilíbrio está em selecionar o não para coisas realmente importantes, como morder e bater nos outros ou nos objetos, colocar o dedo na tomada, atravessar a rua sem dar a mão.”

Se seu filho sempre se comporta como um birrento, atenção! “Apesar de ser frequente no universo infantil, o padrão indica um problema mais sério. É hora de procurar ajuda de um especialista. Do contrário, a birra fará a criança se fechar em uma ideia fixa, sem enxergar outras possibilidades”, alerta Anne Lise.

É difícil enfrentar um comportamento quando ele aparece pela primeira vez. E é muito comum a criança que nunca fez uma determinada birra um dia se atirar no chão e fazer manha, deixando os pais atônitos.

Uma das explicações para isso é a imitação. Ela pode ter visto o amiguinho fazer o mesmo, percebido que funcionou e tentar a sorte também. “O papel dos pais nessa hora é dizer não e tirar a criança do local. Ponto final. Não caia na tentação de passar meia hora falando, dando corda para uma atitude repreensível ou criticando a ação como se fosse a pior coisa do mundo”, diz Vera.

“Até os 5 ou 6 anos, a criança não consegue manter a concentração nas palavras por mais de 20 ou 30 segundos”, diz a psicóloga infantil e terapeuta familiar Suzy Camacho, autora do livro Guia Prático dos Pais (ed. Paulinas).

Por isso, é fundamental insistir nas regras. “Antes de sair de casa, converse com ela e deixe claro o que não será permitido. Dependendo da idade, ela pode esquecer, daí a necessidade de repetir a história muitas vezes, até que ela aprenda.

Antes de chegar ao supermercado, por exemplo, deixe claro o que será possível comprar entre as guloseimas de que ela gosta e quando poderá comer. Caso ela abra o iogurte ou o pacote de bolacha ainda na loja ou no carro, seja firme. Diga que não é hora nem lugar para comer aquilo e coloque o produto em local fora de alcance. “A estratégia é evitar o acesso fácil ao que é proibido e aguentar a birra, mesmo que se sinta constrangido por estar em local público”, afirma Anne Lise.

Muitas vezes, os pais acabam dizendo sim, sim, sim por pena de ver o filho sofrer. Quem nunca teve ímpetos de aceitar levar um brinquedo caríssimo só de olhar para a carinha de choro de seu filho, implorando no meio da loja, quando o combinado era não comprar nada?.

Segundo Suzy, no entanto, para criar pessoas equilibradas é preciso que os pais impeçam o filho de impor sempre sua vontade. “Quem não quer ter um ditador precisa dizer não. Crianças que nunca são contrariadas acabam se tornando adultos infelizes, irritadiços, agressivos, depressivos, já que o mundo não dá o mesmo sim incondicional dos pais”, afirma Suzy.

O limite, explica Vera, é uma forma de evitar a teima e deixar a criança mais segura. “A criança sem limite se sente culpada, sem chão, tem dificuldades para ficar longe dos pais. Quando eles são firmes, elas se sentem acolhidas e entendem que uma cena não os fará mudarem de ideia.”

“Se os pais forem coerentes com o que dizem e fazem, terão um filho disciplinado aos 7 anos e deverá seguir assim pelo menos até a adolescência, quando a rebeldia, uma nova forma de birra, ressurge em intensidade variada, dependendo de como a criança vem lidando com as frustrações”, conta Suzy.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Criança egoísta: saiba como lidar com isso.

Quase toda criança passa por uma fase assim. Paciência e jogo de cintura são fundamentais.
A maioria das crianças vai viver a fase do “é tudo meu!”, que atinge o seu ápice por volta de 3 anos. Faz parte do desenvolvimento, do amadurecimento e da formação da personalidade. Com o passar dos anos, ela vai perceber que não dá para viver sozinha e aprende a compartilhar. Até lá, dê o exemplo e seja paciente.
  • Seu filho não empresta os brinquedos para ninguém
Desde pequeno, gestos simples, no dia a dia, ensinam a arte de dividir: ofereça uma mordida da bolacha, peça ajuda para arrumar a cama, elogie um desenho que ele mostrar (afinal, seu filho está compartilhando isso com você!). Durante aquele ataque de egoísmo, mostre como é mais legal brincar em grupo e proponha uma brincadeira com os outros amigos.
  • Na escola, no shopping e até na casa dos outros: sua filha acha que tudo é dela
Tudo o que seu filho vê, não importa onde está, aponta e avisa: “É meu.” Ao ouvir essas palavras, você já sabe que a tempestade vai começar. O melhor jeito de evitar a crise de choro é negociar, levando em conta a idade da criança e usando sempre uma linguagem que ela entenda, falando olho no olho. Até os 2 anos, leve a criança para outro ambiente para distraí-la. A partir dessa idade, já dá para conversar e sugerir uma solução. Uma dica é dizer para escolher o “objeto de desejo” para o aniversário ou para a próxima data festiva. Mas se não puder comprar, fale a verdade. Quando o “piti” é com algum objeto na casa dos outros, explique que, assim como ela, todo mundo tem as suas coisas preferidas. Enfatize, portanto, que aquilo já tem dono e logo mude o foco da conversa.
  • Ele sempre chora na hora de devolver qualquer coisa
Comece valorizando a atitude do colega que emprestou o brinquedo, por exemplo. Descreva a situação para a criança: “Olha só que bacana, o seu amigo deixou você brincar com isso, mas agora é hora de devolver.” Se o choro persistir e seu filho continuar agarrado ao objeto, faça com que ele se coloque no lugar do amigo. Pergunte: “você ficaria feliz se ele não devolvesse o seu carrinho?”. Ainda que ele seja pequeno demais para entender, esses diálogos são importantes.
  • Seu filho adora ser o centro das atenções
Em casa, não deixe seu filho interromper a conversa dos adultos, explicando que todo mundo tem a sua vez de contar uma história. Controle-se, ainda, para que ele não se torne o seu único assunto (tudo bem ser o principal, mas não o único!). Só assim ele vai aprender a esperar e entender que não é o centro do mundo. O exemplo dos pais, dos educadores e a convivência com outras crianças é fundamental nesse aprendizado.
  • Você não pode conversar com ninguém que ela faz um escândalo
Quem nunca viu uma criança tentando separar os pais durante um beijo? Isso acontece de 2 a 3 anos e é totalmente esperado, principalmente em relação à mãe. Se o seu filho chora quando você pega outra criança no colo, relembre alguma situação muito legal que viveram juntos, conte uma história... O objetivo é mostrar a ele que carinho, tempo e atenção podem ser divididos. O importante é não ceder a todas as vontades dele e ter paciência.

Fontes: Anne Lise Scappaticci, psicanalista infantil (SP), Eliane Aparecida Lima, professora da Educação Infantil, do Colégio Santa Maria (SP), Mara Pusch, psicóloga, especialista em comportamentos da infância e adolescência da Unifesp (SP), Marcelo Reibscheid, pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz (SP), Paulo Breines, neuropediatra do Hospital e Maternidade São Luiz (SP), Yves de La Taille, psicólogo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e especialista em desenvolvimento moral.

Seu filho nasceu com orelha de abano? Calma. Tem solução!

O problema estético de posicionamento das orelhas pode ser resolvido com uma pequena cirurgia.
Na escola, elas viraram motivo de piadas e bullying dos colegas. Em casa, o simples fato de ter que colocar o cabelo para trás acabava em choro. Ao se dar conta de que algo errado estava acontecendo, os pais de Melissa Melo, 7 anos, perceberam o que a deixava triste: o formato de sua orelha. A chamada orelha de abano é um problema que afeta em torno de 2 a 5% da população mundial, um índice considerado pequeno, mas que afeta muito a qualidade de vida de quem sofre com isso.

A alteração é caracterizada por um problema na estrutura da cartilagem da orelha que, em vez de ser posicionada rente ao couro cabeludo, fica afastada. A orelha de abano tem origem genética, mas sua única consequência é o prejuízo estético. Ela se torna mais aparente com o desenvolvimento da criança, especialmente em meninos, que usam o cabelo mais curto.

Quando as mães notam a orelha de abano no filho, podem lançar mão de alguns métodos para disfarçá-la e até para corrigir a proeminência, como colocar uma faixa sobre as orelhas. O pediatra Victor Nudelman, do Hospital Albert Eisntein (SP), recomenda o uso da faixa durante a amamentação, por exemplo, quando a mãe, por acidente, pode dobrar a orelha do bebê e não perceber.

A cirurgia para corrigir a orelha de abano é chamada otoplastia e deve ser feita a partir dos 5 anos, quando a orelha da criança já chegou ao seu tamanho definitivo. Além disso, é menos dolorosa se realizada na infância. “O pós-operatório se torna mais incômodo quando a cirurgia é adiada para a fase adulta, já que a cartilagem se torna mais rígida com o passar do tempo”, explica o cirurgião plástico Pablo Rassi Florêncio, de Goiânia (MT).

Se os pais optarem pela operação, a criança demora, em média, um mês para se recuperar. “Nas primeiras semanas, o pequeno paciente permanece com uma faixa na orelha, que envolve toda a cabeça, para proteção. Na semana seguinte, a faixa fica restrita ao período de sono, para garantir que não ocorra nenhum trauma capaz de interferir na recuperação dos pontos”, conta Pablo.

Porém, antes de decidir pela cirurgia, é preciso conversar com a criança. Um dos motivos pelo qual os cirurgiões preferem esperar que o paciente cresça um pouco é para que possa, junto com os pais, tomar essa decisão. “Em geral, a razão pela qual algumas pessoas não se submeteram ao procedimento quando pequenas é porque não se incomodavam com a aparência ou por falta de condição”, explica Pablo.

Projeto Orelhinha
Idealizado pelo cirurgião plástico Marcelo Assis, o projeto começou quando o médico percebeu a grande procura pela cirurgia de reestruturação da orelha. Como o procedimento é caro (custa, em média, 6 mil reais), o projeto arca com 70% do custo, a família precisa apenas pagar pelo material e pela acomodação hospitalar. A iniciativa visa acabar com o bullying nas escolas e no trabalho, por isso, a idade mínima para participar é 7 anos. O projeto está presente também em Campinas (SP), no Rio de Janeiro, e, no ano que vem, em Fortaleza.