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terça-feira, 15 de maio de 2012

Limites na Educação

Prezados Pais,
Todos devem ter acompanhado em várias veiculações na mídia (recentemente no Fantástico, e anteriormente pela Veja) as diferenças culturais na forma de educação das crianças referenciando as chamadas “Mães Tigres” da China. Sem querer gerar polêmica, mas aproveitando o contesto para orientar pais indecisos, postamos o artigo abaixo, de Maria Ester, mestre e doutora de Psicologia da Educação, e Gloria Kalil de 2008.
 
                   LIMITES
A ausência de regras e limites na educação da criança pode trazer sérios problemas ao relacionamento de pais e filhos, além de produzir adolescentes e adultos com falhas em seu desenvolvimento pessoal e social, entre eles, a ausência de resistência à frustração.
Pais e mães têm que entender que a função primordial deles é preparar as crianças para a vida, e que faz parte desse ritual dar limites. Isso é especialmente importante para pais separados que não têm forças ou coragem de educar os filhos quando estão juntos para não passarem a imagem de pessoas repressoras e, portanto, chatas.
As crianças precisam, pedem e querem ter limites para saber até onde vão seus direitos, e onde começa o dos outros. Criança sem limites vira um adulto invasivo, egoísta e mal preparado para viver em sociedade.
Segundo a autora, as crianças não ficam infelizes com a imposição de regras e limites. Pelo contrário, sentem-se mais seguras sabendo o que podem ou não fazer, e portanto prever o que acontecerá em caso de descumprimento.
Pais que não toleram a frustração momentânea de seus filhos ensinam que deve-se obter tudo o que se deseja a qualquer custo e que qualquer sofrimento é intolerável. Um limite não deve ser quebrado porque a criança teve alguma reação negativa. É natural que ela teste os limites e é função do adulto manter o que foi combinado anteriormente.
Ainda de acordo com a autora, é importante além de prover consequências negativas restritivas ao descumprimento de limites, prover consequências positivas ao cumprimento deles. A criança deve ser incentivada a cumprir acordos com elogios, atenção e afeto contingentes à adequação de seu comportamento no respeito aos limites. Mais e melhor do que punir o inadequado, é reforçar o que é adequado.

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