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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Alfabetização: como os pais podem ajudar os filhos

Os adultos podem ser um estímulo e tanto para a criança se encantar pelo universo da leitura e da escrita.
Se método, sistematização e treinamento são do âmbito escolar, o que os pais podem fazer para ajudar os filhos no processo de alfabetização? Muito. O meio em que se vive conta demais. “Uma criança mergulhada em um ambiente onde as situações de leitura são muitas vai ter mais interesse e, provavelmente, alfabetizar-se com mais facilidade”, diz a educadora Maria Betânia Ferreira. O papel da família é esse: oferecer opções e fazer desse momento puro prazer.
Os livros, claro, são um começo inesquecível. Desde os voltados para os bebês, até os com frases maiores e histórias. Mas há disponíveis, também, diversas boas opções que têm o alfabeto e a possibilidade de brincar com as palavras como tema. Isso também é alfabetização, sabia?
Como o professor pode — e deve — ir além das cartilhas e dos livros didáticos, os pais também têm um leque enorme de opções para incentivar a criança nesse momento tão importante. Na hora de ler, vá passando o dedo (o seu e o dela) nas palavras. Mas pode ir além, como ler jornais, revistas, fazer bilhetes, lista de supermercado. “Nada de transformar a casa em filial de sala de aula. Não se trata de brincar de criar geniozinhos, mas de dar as melhores condições para essa conquista”, diz Maria Betânia Ferreira.
Confira outras dicas:
- Leia em voz alta! Depois, peça para seu filho ler também.
- Peça ajuda para escrever a lista do supermercado. Vai demorar mais, mas ele vai adorar.
- Escreva bilhetes, espalhe pela casa, coloque na mochila.
- Na hora de dar um presente, invente uma caça ao tesouro, colocando palavras-chave que ele já conheça.
- Faça isso tudo ser muito divertido. Porque realmente é.
Fonte: Site RevistaCrescer

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Dez mitos sobre a alimentação infantil

A alimentação é fundamental para que qualquer um possa ser saudável. Quando temos filhos, essa importância aumenta, pois ficamos responsáveis, durante muitos anos, pela alimentação de outros numa fase crucial do seu crescimento e desenvolvimento.
A alimentação das crianças ocupa um lugar muito importante no dia a dia de todos os pais e mães. Mas não é tarefa fácil, a de ensinar hábitos alimentares corretos e saudáveis. Exige algum conhecimento, força de vontade, persistência e muito carinho. E esta tarefa é ainda complicada pelas mil opiniões que circulam sobre o que se deve e não deve dar de comer, quais os hábitos mais saudáveis, quais as regras mais importantes. «Aos meus filhos faço assim...» ou «No meu tempo era assado...» são frases que, apesar de muito bem intencionadas, muitas vezes complicam a vida aos pais. E se a avó diz «está tão magrinho...» parece que o mundo desaba e que está a passar aos pais um atestado de incompetência.
A alimentação das crianças obedece a regras muito simples e a uma quantidade enorme de bom senso. Apesar disto, existem ainda muitos boatos e mitos sobre alguns aspectos da alimentação das crianças.

1º Mito: A ceia é fundamental
Errado. Nos bebês mais novos, que comem de 3 em 3 ou de 4 em 4 horas, não podemos falar de ceia. Após o nascimento, a criança demora alguns meses até adquirir um horário de refeições semelhante ao dos adultos. Mas, a partir dos seis meses, a ceia pode ser dispensada. Não quer dizer que seja proibida, apenas que só deve ser dada se a criança a pedir e que esta não deve ser acordada de propósito para que possa beber um leitinho. Este esquema pode manter-se até cerca de um ano de idade. Nessa altura, já a criança come de tudo, com refeições completas. Os seus dentes estão na fase de erupção mais acelerada e devem ser cuidados com carinho, o que inclui a escovação de manhã e à noite, antes de ir para a cama. Por esta altura, o mais correto é abolir a ceia. A partir dos doze meses de idade, o leite à noite pouco acrescenta em termos de calorias. O que a criança deixa de ingerir à noite acaba por compensar durante o dia. E o leite à noite fica na superfície dos dentes acabando por facilitar o aparecimento de cáries. Em resumo, a partir dos doze meses, a ceia, não sendo proibida, pode ser evitada.

2º Mito: A cenoura deve ser a base de todas as sopas
Errado. A cenoura é conhecida por ser de paladar saboroso e de fácil digestão. Por isso, é muitas vezes aconselhada como primeiro legume, a par da batata. Para além disso, é rica em vitamina A, que é fundamental para o desenvolvimento da visão - quem não ouviu já que «a cenoura faz os olhos bonitos»? Mas, após as primeiras sopas, nada justifica que a cenoura tenha uma presença obrigatória nas refeições da criança. Pode ser substituída por outro legume, nomeadamente a abóbora, como base da sopa. Para além disso, o excesso de cenoura leva a que algumas crianças acumulem na pele o pigmento alaranjado, ficando com o nariz e zona em torno da boca da cor da cenoura.

3º Mito: A criança deve manter sempre o mesmo esquema de alimentos
Errado. A preocupação dos pais deve ser a de oferecer à criança alimentos diversificados e de boa qualidade, e não a de manter um esquema alimentar monótono, em que a criança come sempre a mesma coisa. A criança deve ser estimulada a experimentar, pois a curiosidade é fundamental na nossa vida. «E se ela não quiser experimentar?», perguntam-me alguns pais. Nesses casos, a regra número um é não fazer da hora da refeição uma guerra. A criança deve ser educada de forma a provar de tudo e a ter liberdade para depois dizer que não gosta. O que não pode é recusar-se a experimentar um alimento novo que lhe surge à frente. A função dos pais é levarem-na a provar o novo mantimento e depois respeitarem a sua vontade.

4º Mito: A educação faz-se falando com a criança
Errado. A educação faz-se pelo exemplo. Nunca observei uma criança com hábitos alimentares saudáveis quando os seus pais não os têm. A criança aprende observando, imitando aqueles que admira. Como pode uma mãe dar salada a um filho, se o pai, sentado na cadeira ao lado, recusa igualmente comê-la? Com que autoridade pode um pai dizer à criança que deve comer uma peça de fruta, quando a mãe diz ao mesmo tempo que nessa refeição não vai comer nada de sobremesa? É importante que as regras sejam ensinadas, mas é mais importante ainda que as regras sejam praticadas por todos os que convivem com a criança. Não existe outra forma de educar. E isto é válido não apenas para a alimentação, mas para muitos outros aspectos da educação infantil.

5º Mito: Os sorvetes são guloseimas
Nem todos. Existem sorvetes de água e os de leite. É verdade que os primeiros são verdadeiras guloseimas, feitas com água, um aroma e açúcar. Mas os de leite têm habitualmente grande qualidade e fornecem à criança uma quantidade de cálcio apreciável. Nos dias mais quentes, substituir o leite ou sumo do lanche por um sorvete de leite ou nata não tem qualquer inconveniente. E pode até servir para quebrar a rotina da criança.
Fonte: Revista Pais&Filhos

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Memórias mais antigas podem desaparecer quando a criança faz 8 anos, diz estudo.

E não é nada patológico: simplesmente, precisamos abrir espaço para novos aprendizados e recordações. Entenda...
Você se lembra da casa do seu avô? Do cheirinho de café que sua família tomava nos fins de tarde? E das primeiras festas de aniversário? Guardar esse tipo de memória é uma delícia. Mas será que elas ficarão nas lembranças do seu filho?
Uma pesquisa publicada no periódico científico Memories mostra que certas lembranças têm uma espécie de prazo de validade. Ou seja: aquelas cenas mais antigas, relativas ao início da vida, podem desaparecer quando a criança completa 8 ou 9 anos. Para chegar a essa conclusão, os cientistas gravaram 80 crianças de 3 anos conversando com seus pais. O assunto do papo era sobre eventos recentes: a visita ao zoológico, a festa de aniversário do amigo, o passeio na praça. Quando essas crianças completaram 5, 6, 7, 8 ou 9 anos, os pesquisadores voltaram a entrevistá-las, para falar sobre os mesmos acontecimentos. Resultado: entre 5 e 7 anos, elas se lembravam de 72% dos fatos que ocorreram quando tinham 3 anos. Já na faixa dos 8 aos 9 anos, só mantiveram 35% dos registros.
Esse esquecimento é preocupante? Não, é extremamente normal. “Até os 3 anos, os mecanismos neurobiológicos relacionados à memória ainda estão se estruturando e continuam a ser aprimorados até a adolescência”, explica Egeu Bosse, neuropediatra do Hospital São Camilo (SP). Por isso, é difícil lembrar de detalhes do que ocorreu quando éramos bebês. Você deve estar se perguntando: mas, se aprendemos a falar e a andar nessa época, como não esquecemos mais? Há um tipo de memória específico para as ações neuropsicomotoras. Ou seja: não nos lembramos nem da cena de quando demos os primeiros passos nem da reação dos adultos quando ouviram o nosso “mamãe”. Mas o aprendizado da fala e da caminhada são guardados para sempre.
Com o passar do tempo, a memória vai se sofisticando e ganhando capacidade de armazenamento. Na faixa dos 8 aos 9 anos, certos fatos de que as crianças se recordavam quando menores perdem importância ou utilidade e são substituídos por memórias mais recentes e fascinantes. É quando recebemos mais estímulos após a alfabetização. Consequentemente, a recordação daquele passeio ao zoológico, feito anos antes, cede espaço para acontecimentos com maior relevância.
É claro que as memórias de momentos impactantes e significativos podem ter força para serem armazenadas por um período mais longo. Mas existem diferenças individuais na capacidade de se lembrar de fatos antigos. Há quem seja melhor no futebol, na pintura, no esconde-esconde – e na memória a longo prazo, também. “O modo como cada pessoa faz o registro dos acontecimentos é diferente”, diz o neuropediatra. O mais comum é que as primeiras recordações apareçam de forma fragmentada. Já a cena de algo que ocorreu na vida adulta será resgatada com mais riqueza de detalhes.
De forma geral, é possível contribuir com a capacidade de armazenamento da memória, adotando alguns hábitos saudáveis. Caso você e seu filho tenham uma rotina de sono e de alimentação adequada, as chances de se lembrarem dos momentos felizes vão crescer! Aproveite para incluir ômega 3 – presente em peixes de água fria, como o salmão e a sardinha, por exemplo – à dieta da família e pratiquem exercícios físicos. “São hábitos que aumentam a resistência e o desempenho das células nervosas. Ou seja, previnem o esquecimento”, explica Bosse. Tudo o que contribuir para o bem-estar da família pode melhorar a memória das crianças. Brinque com elas, conte histórias, mostre os álbuns de fotografia e vídeos que fez desde que era bebê: essas experiências seu filho vai levar com ele para a vida adulta e ficarão guardadas sempre!
Fonte: Site da revista Crescer