Manchas vermelhas na cara e no pescoço, manchas no couro cabeludo, na barriga, nas pernas. Comichão, secura extrema, escoriações, desconforto. São cada vez mais os bebês que, desde muito cedo, por vezes com apenas quinze dias de vida, conhecem na pele os incômodos da hipersensibilidade cutânea.
Um problema que, estima-se, já afeta 15 por cento da população da Europa ocidental. As crianças mais pequenas são as mais atingidas, explica Osvaldo Correia, dermatologista: "Sessenta por cento dos casos de pele atópica (ou dermatite atópica) surgem durante os primeiros meses de vida até aos dois anos, 30 por cento aos cinco anos e apenas dez por cento ocorre entre as crianças mais velhas até a idade adulta."
Acredita-se que, no futuro, estes números possam vir a ser ainda mais elevados: "A incidência da dermatite atópica está a aumentar", refere Osvaldo Correia, explicando que o fenômeno se deve a fatores ambientais, como o pó e a poluição em geral, e alimentares, como o uso de corantes e conservantes na comida. Segundo o médico, a eliminação deste tipo de substâncias da alimentação das crianças, em particular das mais pequenas, é essencial.
A pele atópica é caracterizada pela secura e pela hipersensibilidade. Nas fases mais agudas, tudo parece provocar reações cutâneas. Alguns pais referem que até a saliva do bebê e o contacto da chupeta com a pele causam irritação. Nas muitas peregrinações ao dermatologista e a farmácia tentam descobrir a melhor arma para acalmar o prurido e o desconforto. Mas não é fácil.
Segundo Osvaldo Correia, a secura tende a agravar-se com as condições climatéricas (vento e frio). Se a pele não for devidamente hidratada, podem surgir gretas e irritabilidade. Tudo agravado, claro, pela intensa comichão que favorece o aparecimento de ainda mais lesões. Nos bebês, o rosto é a parte do corpo mais fustigada pela atopia. Mais tarde, a doença estende-se sobretudo as dobras dos membros, ao pescoço e a nuca.
Um problema que, estima-se, já afeta 15 por cento da população da Europa ocidental. As crianças mais pequenas são as mais atingidas, explica Osvaldo Correia, dermatologista: "Sessenta por cento dos casos de pele atópica (ou dermatite atópica) surgem durante os primeiros meses de vida até aos dois anos, 30 por cento aos cinco anos e apenas dez por cento ocorre entre as crianças mais velhas até a idade adulta."
Acredita-se que, no futuro, estes números possam vir a ser ainda mais elevados: "A incidência da dermatite atópica está a aumentar", refere Osvaldo Correia, explicando que o fenômeno se deve a fatores ambientais, como o pó e a poluição em geral, e alimentares, como o uso de corantes e conservantes na comida. Segundo o médico, a eliminação deste tipo de substâncias da alimentação das crianças, em particular das mais pequenas, é essencial.
A pele atópica é caracterizada pela secura e pela hipersensibilidade. Nas fases mais agudas, tudo parece provocar reações cutâneas. Alguns pais referem que até a saliva do bebê e o contacto da chupeta com a pele causam irritação. Nas muitas peregrinações ao dermatologista e a farmácia tentam descobrir a melhor arma para acalmar o prurido e o desconforto. Mas não é fácil.
Segundo Osvaldo Correia, a secura tende a agravar-se com as condições climatéricas (vento e frio). Se a pele não for devidamente hidratada, podem surgir gretas e irritabilidade. Tudo agravado, claro, pela intensa comichão que favorece o aparecimento de ainda mais lesões. Nos bebês, o rosto é a parte do corpo mais fustigada pela atopia. Mais tarde, a doença estende-se sobretudo as dobras dos membros, ao pescoço e a nuca.
A boa notícia é que, apesar de ser uma doença muito limitadora da qualidade de vida, a dermatite atópica tende a estabilizar com a idade. Cerca de 90 por cento das crianças apresentam diminuição ou desaparecimento completo das lesões antes da puberdade.
Origem imunogenética.
Frequentemente, a pele atópica passa de pais para filhos. "A prevalência nas crianças é elevada - 80 por cento - quando ambos os pais têm uma história de dermatite atópica", explica Osvaldo Correia. A origem da doença é imunogenética, "com características multifatoriais", esclarece o médico, que também é professor de Imunologia na Faculdade de Medicina do Porto. Os fatores emocionais também contribuem para o agravamento da hipersensibilidade cutânea. Osvaldo Correia lembra, por isso, a importância de evitar situações de stresse, "físico ou psíquico, em pessoas com pele atópica em qualquer idade".
Cuidados diários
Viver com dermatite atópica é uma tarefa desgastante. "O incômodo da comichão origina irritabilidade, sono intranquilo e traumatismos repetidos, por vezes quase automatizados, da pele já de si irritada", refere o dermatologista. A piorar a situação, por vezes as feridas infectam e há necessidade de recorrer a um tratamento anti-microbiano.
Osvaldo Correia enumera os cuidados que devem ser prestados a uma criança com pele atópica: "É fundamental uma boa hidratação da pele. Os banhos podem ser diários desde que rápidos e com água morna. Devem utilizar-se produtos não desengordurantes na higiene e compensar com emolientes (hidratantes) não perfumados, hipoalergênicos, sem conservantes e idealmente ricos em ceramidas." Nas crises de eczema, continua o clínico, há necessidade frequente de corticóides tópicos, mas estes devem ser "de baixa potência e apenas usados em áreas limitadas, por tempos restritos e sempre sob orientação médica".
E durante o Verão? O calor e o suor agravam os sintomas da pele atópica. Não é, por isso, muito aconselhável ir à praia ou à piscina nas fases mais agudas da doença. Em períodos mais calmos, diz o dermatologista Osvaldo Correia, não há grandes riscos de apanhar sol e mar, desde que as crianças sejam devidamente protegidas. O rol de cuidados que se devem ter é o mesmo de sempre: chapéu na cabeça, creme protetor de índice elevado em todo o corpo (renovado frequentemente), brincar à sombra e optar pelos horários menos agressivos (manhã e fim da tarde).
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