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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Quantos dias de aula meu filho teve?

A lei determina 800 horas anuais, distribuídas por 200 dias ao longo do ano.
O ano passa tão rápido que a gente nem percebe, mas agora que chegou ao final, vem a pergunta: quantos dias de aula será que meu filho teve?
Se a escola que ele estuda anda de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a resposta é 200 dias, no mínimo. A lei determina uma carga horária anual mínima de 800 horas, a serem distribuídas durante esses dias, o que resulta em, pelo menos, quatro horas diárias de trabalho escolar.
A LDB é a mesma para escolas públicas e particulares e, no caso de descumprimento, deve ser realizada uma denúncia ao Ministério Público, que tem função de fiscalização.
Fonte: Site Educar para Crescer
Obs: Conforme calendário homologado pela Secretaria da Educação de Piracicaba, a Escola Aquarela cumpriu 220 dias letivos em 2012.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Férias !!! O que fazer ???

Qual a melhor forma para os filhos aproveitarem a pausa com atividades variadas, muito descanso e sem exagerar no uso do videogame e do computador.
Não encher a criança de compromisso, mas também mantê-la ocupada é o segredo.
Férias. Para as crianças, é um dos períodos de descanso do ano. Agora é esquecer um pouco a escola e só pegar em cadernos daqui a um mês. Essa mamata toda, porém, assusta um pouco os pais. O que fazer com os pimpolhos em todo o tempo livre? A preocupação é justificada, mas a boa notícia é que existem, sim, diversas formas interessantes de entreter a garotada e, de bônus, ainda reforçar os laços familiares. Só é preciso um pouco de dedicação, isto é, nada de largar a tarefa para o playground do prédio e os fiéis companheiros eletrônicos - videogame, TV e computador. 
"O segredo é não encher a criança de compromissos e, ao mesmo tempo, também não a deixar totalmente desorientada", aconselha a psicopedagoga Tânia Ramos Fortuna. O ideal, portanto, seria programar viagens, passeios culturais, visitas aos amiguinhos e afins, mas sem lotar os dias de seu filho a ponto de nunca deixá-lo sozinho e livre para escolher o que quer fazer. "As crianças não são senhoras de seu tempo e, hoje, acabam às vezes escravizadas até pelo prazer, com tantas idas a lanchonetes, cinema e festinhas. Os pais podem e devem corresponsabilizar os filhos por suas férias, perguntando a eles o que querem fazer", complementa Tânia, que é coordenadora do curso de extensão "Quem quer brincar?", da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O equilíbrio também é bem-vindo na seleção de atividades. Dias de chuva pedem brincadeiras indoor? Pois nos dias de sol não deixe de ir andar de bicicleta no parque. Vão viajar em família? Invente jogos coletivos, que podem ser muito divertidos - mas, na volta, deixe a criança um pouco isolada, para que tire proveito também da introspecção e de sua própria imaginação. 
Fonte: Site Educar para Crescer

Pontos positivos do uniforme escolar.

Imagine se, todos os dias, os pais tivessem que se preocupar em escolher uma roupa especial e diferente para o filho vestir e ir à escola? É por esse e outros motivos que, na maioria das instituições, o uniforme é obrigatório. Seu uso é um item que proporciona grande praticidade e economia para os pais. Basta imaginar quantas peças são poupadas do desgaste do dia a dia das atividades escolares. Ainda mais quando os filhos são pequenos e costumam brincar no chão, na areia, no parque etc.
Estes são apenas alguns dos pontos positivos que o uso do uniforme escolar traz, além deles temos:

  • segurança e identificação: todos podem identificar quem pertence ou não à instituição;
  • igualdade: desestimula as possíveis disputas por “status” e consumismo, além de evitar violências psicológicas mais sérias, como o “bullying”;
  • referência: o uniforme traz o sentimento de pertencimento a uma coletividade, pois indica que o indivíduo faz parte de determinado grupo;
  • respeito: sugere disciplina e respeito às regras, qualidades imprescindíveis na vida em sociedade;
  • foco no aprendizado: sem se dispersar observando, por exemplo, a roupa do colega, o aluno mantém sua atenção na aula;


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Educar, não é apenas papel da escola.

Educar, para a escritora Lya Luft, não é apenas papel da escola.
É importante também a presença dos pais. Sem oprimir, sem aterrorizar, os pais têm que tirar, pelo menos cinco minutos do seu dia para falar com o filho sobre
a aula, como estão as avaliações do professor, sobre o que ele mais gosta, quais dificuldades tem na escola, etc.

MESMO QUE O PAI TRABALHE O DIA INTEIRO, ELE TEM QUE TIRAR CINCO MINUTOS PARA CONVERSAR COM O FILHO SOBRE SEU DIA NA ESCOLA!

Isso independe do nível cultural dos pais.
Há muitas pessoas analfabetas que cuidam mais dos filhos que certos pais formados, brilhantes e ocupados. As pessoas de menos estudo se interessam pelo estudo dos filhos, até porque sabe que este é o único caminho!
Educação tem a ver com honra, integridade, e não com dinheiro. Uma família simples, que tem uma estrutura mínima, acompanha o desempenho do filho e quer que ele cresça na escola, termine o seu curso, tenha outras oportunidades.
Esses pais são os que vão para a escola, falam com o professor e estão realmente interessados no futuro dos filhos!
Adaptado do Jornal MEC – Agosto 2001

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

5 dicas para lidar com os palavrões na escola.


Seu filho vai aprender novas palavras na escola e, entre elas, um palavrão ou outro ou uma frase um tanto agressiva aparecem também. O que fazer?
  1. Em primeiro lugar, tome cuidado na hora de repreendê-lo. O objetivo é educar e não fazer a criança sentir vergonha ou culpa.
  2. Se palavrões forem rotina em casa, talvez seja melhor mudar os hábitos.
  3. Explique em quais situações são usadas essas palavras, que são ofensivas e que as pessoas não gostam de ouvir.
  4. Tenha paciência. Se a família não tem o costume de falar palavrão em casa, essa fase passa.
  5. Se você deixar isso tomar grandes proporções, a criança vai entender que consegue o testar e aí poderá repetir as palavras várias vezes, mesmo sem saber o real significado delas.
Fonte: Site Crescer

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Projeto Cidadania que Cresce 2012 (Proposta de Patrocínio)

Pedimos que os interessados entrem em contato o mais rápido possível, visto que daremos preferência aos patrocinadores do ano passado, e a quantidade de cotas é limitada.

Agradecemos antecipadamente.
(19) 3434-0328

CLIQUE NA IMAGEM PARA MELHOR VISUALIZAÇÃO



terça-feira, 7 de agosto de 2012

Os pais são diferentes das mães. E isso é bom! Veja o porquê.


Pesquisa mostra que o jeito mais prático e firme dos homens traz benefícios à criança.
No supermercado com os pais, João, 6 anos, quer porque quer a maior barra de chocolate da gôndola. “Não, filho, chega de doces. Você já encheu o carrinho de balas e biscoitos”. Mas o menino, nada satisfeito, insiste, começa a chorar e grita. A mãe, já sem tanta paciência, repete o não em um tom mais alto e, logo depois, tenta explicar a ele que não pode comer tanto doce de uma vez só. Enquanto isso o pai, do outro lado do corredor em busca das torradas, diz calmo, em um tom acima do normal: “João, obedeça à sua mãe”. Após alguns instantes, ele sugere ao garoto: “Cara, me disseram que hoje você fez um gol no futebol? Conta como foi!”. 

Essa é uma cena fictícia, mas você poderia presenciá-la a qualquer instante no supermercado ou em outro lugar público mais perto da sua casa, não? Pais e mães enfrentam birras, manhas e outras situações complicadas com os filhos. E, nem sempre, têm a mesma postura – enquanto elas se comovem mais com o choro, se exaltam com mais facilidade, se sentem culpadas e preferem falar, eles são mais práticos e assertivos, ou seja, são mais pacíficos sem ser passivos. Isso não quer dizer que um seja melhor do que o outro. São apenas jeitos diferentes - e complementares - de educar.

Segundo uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, o estilo diferente dos pais lidarem com os filhos tem um valor particular. A maneira que eles costumam interagir com as crianças traz benefícios a longo prazo para elas, como melhorias cognitivas, menos problemas de comportamento na idade escolar e problemas psicológicos em mulheres jovens. 

Os homens tendem a desafiar as crianças usando caretas ou fingindo chorar quando elas fazem birra, além de estarem sempre prontos para aprontar com elas em brincadeiras barulhentas e de contato físico. Até a maneira como seguram seus bebês pode ser diferente das mães – enquanto ela aconchega a criança nos braços perto do peito, eles parecem segurar uma bola de futebol, dizem os pesquisadores. 

Para Ricardo Monezi, psicólogo e pesquisador do setor de medicina comportamental da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a diferença entre os dois é explicada pelo fato do homem “ter estruturas cerebrais e mapas de comportamento que levam a uma maior praticidade, principalmente em relação aos filhos”. 

Devido ao hormônio ocitocina, que regula o vínculo da mulher com o filho, a mãe é mais sensível e tende a expressar seus sentimentos de maneira mais intensa e mais doce. Já o pai tende a ser mais determinado e prático, afirma Monezi. “Ele geralmente é mais firme e difícil de ceder em algumas situações, e mais resiliente", diz.

Claro que essa não é uma regra e que há casos de pais mais emotivos, “dobrados” muito facilmente pelos filhos do que as mães. Para a psicóloga do Hospital Israelita Albert Einstein, Melina Blanco Amarins, essa diferença pode ser cultural ou até consequência da educação que os pais tiveram. “A gente pode ver com frequência a inversão de papéis, uma mãe mais enérgica e um pai mais emotivo, nada é a ferro e fogo”, diz. Mas, se observarmos em volta, podemos ver um número muito maior de homens falando mais firme com os filhos (não estamos falando de pais repressores, OK?). 

Com todas as diferenças, o mais importante, segundo Melina, é que o casal entre emconsenso na educação do filho, sem ser rígido ou permissivo demais, mas que saiba estipular as regras juntos. A criança precisa ter uma linha a seguir para se sentir segura e saber por onde vai. “Ela sabe reconhecer os limites estabelecidos só pelo olhar, assim como reconhece quem é acolhedor e quem não é”, afirma.
Fonte: Site Crescer

sábado, 28 de julho de 2012

9 dicas para fotografar o seu filho.


Alguns detalhes fazem toda a diferença na hora de fazer fotos lindas das crianças

Fotografar não é difícil. Não existem regras, mas algumas dicas podem ajudar você a acertar o melhor ângulo e aproveitar os recursos que as câmeras digitais oferecem. Aproveite!
1. FOTOGRAFE NA MESMA ALTURA DA CRIANÇA, AGACHE, DEITE NO CHÃO... 
O que não pode é ter (todas) as fotos com a criança lá embaixo, miúdas, distorcidas em um ângulo estranho, que faz a criança ficar “cabeçuda”! Você pode, sim, brincar com as distorções, mas deve saber o que está fazendo.

2. NÃO CENTRALIZE A CRIANÇA NO QUADRO 
Pelo menos, não faça isso em todas as fotos. Isso é muito comum. Você coloca o rosto do seu filho no centro do retângulo, deixa um “teto” enorme e... dispara a câmera. Tá certo que, às vezes, não dá tempo de pensar sobre isso, mas não custa tentar.

3. DESLIGUE O FLASH E APROVEITE O RECURSO DE MODIFICAR O ISO 
Assim você consegue tirar fotos com luz natural, muito mais bonitas. O ISO determina a quantidade de luz necessária para cada efeito. Lembre-se que, quanto menor o ISO, mais luz precisa ter no ambiente e vice-versa. Por exemplo, o ISO 100 é para dias bem ensolarados, já o ISO 400, para ambientes com menos luz.

4. ATENÇÃO À LUZ! 
Não coloque a criança com o sol no fundo porque ela vai ficar escura. Se o sol estiver forte e você fotografá-la virada para ele, você vai conseguir um rosto enrugado e olhos fechados. A saída é improvisar uma sombra ou aproveitar o sol para fazer uma foto de perfil. Se não quiser perder a imagem diante do sol, aqui, sim, apele para o flash.

5. EVITE O “OLHO VERMELHO” 
As câmeras digitais contam com uma ferramenta que disfarça os olhos vermelhos. Procure no manual como ativá-la. É bem simples!


6. ACERTE NO FOCO 
Você pode focar o primeiro plano e desfocar o segundo ou ainda focar a imagem inteira. Quando você escolhe algo para mostrar e desfoca o restante, cria um efeito muito legal. Chama a atenção para o seu objetivo. Para saber como desfocar um plano, veja com atenção o manual da sua máquina.

7. SEGURE A CÂMERA COM FIRMEZA 
Ou apoie a máquina em algum lugar como mesa, estante ou até no chão (se quiser tirar uma foto de baixo para cima) para a imagem não ficar tremida. Essa dica vale especialmente para as fotos sem flash, quando as câmeras automáticas usam o recurso de baixar a velocidade. Dessa forma, a câmera permite a entrada de mais luz e qualquer mínimo movimento é captado na imagem. É com a velocidade baixa que você pode fazer fotos com os “rastros” do movimento, mas tenha cuidado para não tremer. Aperte o botão com suavidade.

8. ATENÇÃO À COMPOSIÇÃO 
Objetos em exagero, como brinquedos e excesso de decoração, podem “distrair” a foto, ou seja, tirar a atenção principal de seu filho.



9. COMPOR UMA FOTO É DISTRIBUIR OS ELEMENTOS PELO QUADRO 
Pense na fotografia como uma tela em branco a ser preenchida. Decida o que você quer mostrar e componha os elementos pelo quadro. Não foque sua atenção apenas para o centro da foto. Olhe para todos os lados. Às vezes, é interessante colocar seu filho no canto para poder mostrar que o lugar é cheio de árvores


Fonte: Site Crescer

quarta-feira, 4 de julho de 2012

4 alimentos que não podem faltar no prato do seu filho (e você nem imagina por quê)


Eles são fáceis de encontrar em qualquer época do ano.
-Batata-doce: além de ser fonte de energia e substituir carboidratos como as outras batatas, massas e arroz, as do tipo amarela e laranja são ricas em betacaroteno, essencial para o crescimento e desenvolvimento infantil e importante para o funcionamento do sistema imunológico. Que tal fazer um purê? Também ajuda a manter a pele, as mucosas e a visão saudáveis.


- Arroz com feijão: quando consumidos juntos, a absorção das proteínas do feijão é mais eficaz. A dobradinha nacional ainda ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, pois a fibra do feijão ajuda a controlar o excesso de glicose no sangue que o consumo de arroz sozinho poderia gerar. 


- Cereja: é um dos únicos alimentos, ao lado da aveia, da cebola e do milho, que possui melatonina, um neurotransmissor que ajuda a regular o sono. Como a aprendizagem é fixada no cérebro durante a hora de dormir, as cerejas são boas para a memória e dão uma forcinha extra para os estudantes.
Fonte: Revista Crescer

sexta-feira, 29 de junho de 2012

8 problemas das crianças na hora de comer legumes e como resolvê-los.


Basta ver um legume no prato que o seu filho fecha a boca? Confira respostas para algumas situações comuns do dia a dia.
Por que a salada da casa dos outros é mais gostosa?
Por vários motivos: pode ser a apresentação (se eles colocam em potes e usam alimentos que dão um visual supercolorido, fica mais convidativo), porque o colega come, e ele não quer fazer diferente, porque para ele pode ser uma experiência nova (e crianças são muito curiosas), porque eles usam um tempero gostoso e até mesmo porque lá ninguém diz para ele comer, apenas coloca na mesa e espera o resultado. Tente fazer isso na sua casa. 

Não como verduras nem legumes, e minha filha já está percebendo. O que posso fazer? 
É... A partir dos 2 anos vai ser mais difícil “enganá-la”, e ela pode parar de comer porque você não prova. O caminho mais fácil é fazer aquele esforço e comer uma folha de alface ou uma rodela de beterraba – capriche no tempero (veja uma receita abaixo) se o gosto for terrível para você, misture ao arroz, enfim, coma e não faça cara feia. Um estudo francês, realizado com crianças de 5 a 8 anos e adultos, mostrou que os pequenos são influenciados pelas emoções dos outros à mesa. Em outras palavras, fazer aquela cara de preconceito em frente à comida pode ter um impacto maior do que se você falar “salada é gostosa”, ou “você também vai gostar”. Quando você sorri depois de comer, elas ficam com mais vontade de provar. Chamar aquele coleguinha que prova de tudo funciona também, porque criança adora imitar os amigos. 

Digo que couve-flor é sobremesa, e aí as crianças comem. Está errado? 
Não existe uma unanimidade entre os especialistas, mas a maioria não aprova esse truque. Quando seu filho descobrir que está sendo enganado, vai parar de comer, e isso pode abalar a confiança que tem em você. Outros médicos suavizam e dizem que essa é uma mentirinha que não faz mal. De qualquer maneira, se você quiser mudar esse hábito, diga para ele que, dependendo de cada cultura, o alimento é servido de um jeito. O abacate, por exemplo, é servido salgado, e não batido com leite, em vários países. 

O único legume que meu filho come é batata – e frita. Como diversificar? 
Primeiro, deixe de fazê-la desse modo (além de ser muito calórica, a fritura ajuda a aumentar o colesterol ruim, o LDL, que pode causar problemas cardíacos no futuro, entre outros), mas não diga que é proibido. Ofereça esse mesmo legume de outras maneiras: assado, no purê, na salada, refogado, e passe a servir outras verduras e legumes de maneiras diferentes também. 

Se de vez em quando eu precisar esconder algo no feijão, por exemplo, para garantir os nutrientes, faz mal?
Não, de vez em quando você pode usar esse truque e acaba valendo para toda a família ter um feijão nutritivo. Mas esse não deve ser o único meio de fazer seu filho comer legumes ou verduras. Elas devem aparecer no prato na maioria das vezes. Vale colocar também o ingrediente na mesma refeição, como na salada. 

Ele já cuspiu dez vezes a cenoura. Preparei de todo jeito. Devo desistir?
Depende da idade do seu filho. Para as que estão entre as papinhas iniciais e a idade pré-escolar, a dica é continuar tentando de vez em quando. Nessa fase, as crianças têm mesmo um paladar mais restrito. Mas, com cerca de 6 anos, isso pode ser uma preferência alimentar e deve ser respeitada. Há outros alimentos com os mesmos nutrientes – basta fazer a substituição – e você também pode experimentar oferecer a cenoura misturada no suco de laranja, no bolo (e contar para seu filho depois), ou como petisco, em forma de palitinhos ao longo do dia. 

Meu filho só come salada em palitinho molhando no catchup ou na maionese. Posso dar também molho de salada de mercado?
Não. Nem o molho pronto, nem o catchup e a maionese devem ser consumidos frequentemente. Além de serem produtos industrializados, todos têm muito sódio e aditivos químicos. 

Ele não come abobrinha e repolho, mas adora outros vegetais. Isso é um problema?
Se ele só não gosta de um tipo de verdura, um tipo de legume, ou um tipo de fruta, mas come outros, não há problema nenhum, é só uma preferência de paladar, que começa a aparecer por volta dos 5 anos. Fale com um nutricionista: o especialista pode dar a você uma lista de alimentos com os mesmos nutrientes e vitaminas dos que seu filho não gosta. Agora, se ele não come nenhum tipo de legume, não importa se ele goste de todas as frutas e verduras que existem no mundo. A alimentação balanceada precisa conter itens de todos os grupos, um não substitui o outro.

FONTES: Carolina Torres Testa, nutricionista da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Cláudia Lobo, nutricionista, especializada em educação infantil, autora do livro Comida de Criança - Ajude seu Filho a se Alimentar Bem Sempre (MG Editores); Cozinhar É Divertido, Ed. PubliFolha, Débora Gejer, pediatra do Hospital Sírio-Libanês (SP); Elaine Pádua, nutricionista, autora do livro O Que Tem no Prato do Seu Filho? - Um Guia Prático de Nutrição Para os Pais (Alles Trade); Fabio Ancona Lopez, pediatra nutrólogo e professor aposentado do Departamento de Pediatria e Nutrologia da Unifesp; Hellen Coelho, nutricionista, doutora em saúde pública pela USP e chefe da Divisão de Nutrição da Prefeitura de Cajamar (SP); Isa Jorge, nutricionista especializada em nutrição clínica pediátrica, da equipe das creches e pré-escolas da Coseas/USP; Larissa Cohen, nutricionista do Espaço Stella Torreão (RJ); Rita de Cássia Leite Novais, nutricionista da Consultoria Alimentar (SP); Martha Paschoa Amodio, nutricionista e fundadora da consultoria Comer e Aprender (SP); Mauro Fisberg, pediatra e nutrólogo, professor do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo; Tereza Cristina de Senna, nutricionista da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Virgínia Weffort, presidente do Departamento Científico de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e professora da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (Uberaba-MG)

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Sete erros dos pais na hora de impor limites


Os equívocos mais comuns dos adultos quando as crianças precisam ouvir um “não” – e as dicas para evitá-los
Ameaçar e não cumprir gera filhos que perdem o respeito pelos pais, afirma o psicólogo Caio Feijó
“Filho, se você não parar com isso agora...”. Muitos pais já devem ter usado esse conhecido início de frase em tentativas frustradas de impor limites aos filhos. Logo depois, pode seguir uma ameaça de palmada ou de castigo. Funcionaria? Provavelmente não. Ser permissivo tampouco é uma solução.
Para os pais não acharem que estão em um beco sem saída, listamos alguns dos mais comuns cometidos nestas horas. Saiba quais são e como evitá-los.

1. Não faça ameaças se não for cumpri-las
Antes de dizer que o filho desobediente ficará sem sorvete até o ano que vem, os pais precisam pensar – de verdade – se poderão cumprir a promessa. Ameaçar e não cumprir, para o psicólogo Caio Feijó, autor do livro “Pais Competentes, Filhos Brilhantes – Os Maiores Erros dos Pais na Educação dos Filhos e os Sete Princípios Fundamentais para Prevenir essas Falhas” (Novo Século Editora), gera filhos que perdem o respeito pelos pais. Se ele não se comportou direito, melhor vetar aquela festinha do amigo que está próxima – e cumprir – do que proibir que ele jogue videogame para sempre.
Dica: Transforme ameaças em avisos, passando a mensagem sem violência.

2. Não ceda
Não vale ser indulgente com a indisciplina do filho porque você trabalha fora e se sente culpada, nem por achar que ele deixará de amá-la – medos bem comuns, segundo a psicóloga Dora Lorch, autora do livro “Superdicas para Educar bem seu Filho” (Editora Saraiva). Se uma posição foi determinada, não volte atrás. A postura, segundo Caio Feijó, é essencial para as crianças não serem tão resistentes com os limites impostos.
Dica: Leve em consideração se o seu filho está passando por um momento difícil – como a perda de um animal de estimação.

3. Evite recompensas
O comportamento adequado não é uma moeda de troca. Os pais não devem prometer um brinquedo novo para o filho se comportar em um restaurante. “Dessa forma ele acreditará que tudo na vida se resolve negociando”, afirma a psicóloga e pedagoga Regina Mara Conrado, autora do livro “Filhos e Alunos sem Limites: Um Desafio para Pais e Professores” (Editora WAK) ao lado de Lucy Silva.
Dica: Não coloque a recompensa como um prêmio, mas saiba reconhecer a boa conduta da criança com palavras. Presentes não são proibidos, mas o psicólogo e terapeuta familiar João David Cavallazzi Mendonça sugere dá-los só às vezes.

Frustrações na infância ajudam a criança a lidar melhor com adversidades no futuro

4. Não dê ordens dúbias para a criança
Para o psicoterapeuta e educador Leo Fraiman, os pais que não decidem juntos os padrões da educação do filho cometem um grande erro. Se a mãe diz que o filho não deve ir dormir mais tarde em dia de jogo do time preferido e o pai acaba deixando, a criança não irá entender o que deve fazer.
Dica: Os pais devem decidir as regras a dois – e cumpri-las.

5. Seja firme e paciente
Frustrar a criança a ajudará a lidar com as adversidades da vida no futuro. “Dizer ‘não’ é prerrogativa e obrigação dos pais quando necessário”, diz Caio Feijó. Portanto, os pais devem ser firmes em suas ações e não deixar para resolver um problema depois que ele já passou. Resolver de cabeça quente também não adianta: diante de um comportamento inadequado, insista e, se necessário, conte até mil. Mas sempre evite dizer que a criança é malcriada e não faz nada direito.
Dica: “É mais seguro sugerir que aquilo que ela fez foi errado e é melhore não se repetir”, diz João David.

6. Não se prolongue demais nas explicações
De acordo com Regina Mara Conrado, é importante pontuar o porquê dos limites, mas não é necessário contar uma novela enquanto a criança reluta. “Se os pais se estendem na justificativa, acabam se perdendo e cedem à insistência da criança”, diz.
Dica: Seja claro e objetivo sobre por que a criança ouviu um “não”, mas adapte a explicação à capacidade de compreender dela.

7. Não insista se não tiver razão
Existem coisas que não se obriga. Se seu filho não gosta das aulas de judô, não há razões para insistir. Dora Lorch recomenda aos pais perceber quando a criança precisa de acolhimento em vez de imposição. Ela pode estar sendo intransigente por estar sofrendo bullying na escola, por exemplo.
Dica: Esteja próximo a seu filho para saber diferenciar indisciplina de apreensão.
Fonte: Site iG

terça-feira, 26 de junho de 2012

Comer bem: veja como fazer seu filho amar os alimentos


Chefs, que também são pais, ensinam como fazer as crianças adorarem a comida em novo livro. Confira a entrevista com a autora, a norte-americana Fanae Aaron, mãe de Cody, 6 anos
Se fazer a criança comer já não é uma das tarefas mais simples, que dirá conseguir que ela goste, ou melhor, se apaixone pela comida. Esse era o desafio da diretora de arte Fanae Aaron: ela queria que Cody, 6 anos, que na época era um bebê, amasse os alimentos. Então, foi entrevistar chefs, que também são pais, para saber qual o segredo deles. Essa pesquisa deu origem ao livro What Chefs Feed Their Kids (Como os Chefs Alimentam Seus Filhos, em tradução livre), recém-lançado nos Estados Unidos, e sem previsão de ser publicado no Brasil. Confira a entrevista que ele deu à CRESCER: 

Por que (e quando) decidiu escrever o livro? 
Fanae Aaron: Comecei este projeto porque adoro uma boa comida, e queria aprender a inspirar o amor pela comida no meu filho Cody. Se estou em um restaurante ou na minha própria cozinha, gosto de comer bem. Por bem eu quero dizer comida que excita o paladar, alimenta o corpo e acalma a alma. Prefiro alimentos que são frescos, da época, e orgânicos, e eu estou sempre tentando novas receitas em casa para fazer as refeições uma aventura. Quero que Cody esteja disposto a provar novos alimentos para que possamos fazer as refeições juntos que tanto gosto. Eu não quero ter que procurar restaurantes que servem massas e manteiga de modo que ele vai ser feliz. O mundo é muito maior do que hambúrgueres, pizzas e nuggets de frango. 

O que você descobriu durante as entrevistas? 
Resp.: Chefs que fazem questão de passar tempo com seus filhos em torno da comida e que trazem seus filhos em seu mundo de alimentos foram bem sucedidos em criar filhos, que são simultaneamente saudáveis e comedores. Todas as crianças, mesmo os filhos de chefs, passam por momentos difíceis na hora de comer, mas essas últimas, em geral, gostam de provar uma gama muito maior de alimentos e estão muito mais conscientes da importância de comer alimentos saudáveis. As crianças são naturalmente curiosas e abertas a novas experiências divertidas - e comer bem pode ser uma aventura real. 

Alimentar os filhos é mais fácil para os chefs? Por quê? 
Resp.: Eles pensam sobre a alimentação de seus filhos de maneira diferente do que a maioria de nós, porque pensam sobre o alimento de forma diferente. É verdade, como você pode imaginar, que os filhos deles muitas vezes comem uma impressionante gama de alimentos - de lagosta para anchovas à rúcula, e com entusiasmo. Embora eu não esteja interessada no meu filho comer caviar, foie gras, e outros alimentos caros e exóticos, estou interessada no fato de que as “crianças chefs” são extraordinariamente abertas a experimentar novos alimentos, sabores e texturas. Eles também são surpreendentemente esclarecidos sobre ingredientes, qualidade e saúde. 

Quais são as melhores dicas que eles deram para você? 
Resp.: Uma coisa que sempre lembro é manter a introdução de novos alimentos para as crianças. Chefs não alimentam seus filhos com comidas “leves”, que a maioria dos pais daria. É surpreendente o que uma criança vai comer quando você não restringe a alimentação dela. 

Você tentou alguma dica com seu filho? 
Resp.: Sim, várias. Meu filho é um comedor fantástico. Ele está aberto a comer alimentos novos e ele gosta de comer todos os tipos e sabores diferentes. Eu realmente aprendi a alimentá-lo quando estava entrevistando chefs. As receitas do livro são agora como as receitas de nossos familiares. Estas são as receitas com que ele tem crescido. 

Que dica você daria para pais e mães? 
Resp.: As crianças são curiosas por natureza e querem saber as coisas que gostam. Elas estão sempre a colocar coisas em suas bocas por curiosidade! Se você fizer comida e e engajá-los cozinhando ou experimentando - ou até deixando que escolham algo diferente em um restaurante -, vai tocar nessa curiosidade natural.
Fonte: Revista Crescer

terça-feira, 19 de junho de 2012

Governo de São Paulo lança campanha contra bullying.


Articulada pela Secretaria de Educação, a iniciativa terá ações no Facebook e no canal Cartoon Network para dialogar com os alunos.
O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Educação, lançou na última quarta-feira (13) a campanha Bullying. Curta outra ideia. Para inovar, o órgão fez uma parceria inédita com a rede social Facebook e o canal infantil de televisão Cartoon Network, que desde novembro do ano passado promove a ação Chega de bullying: não fique calado. 

Para a rede social foi criado um aplicativo voltado para estudantes, educadores e pais. Com essa ferramenta, é possível compartilhar histórias pessoais com amigos e familiares, incentivar outros a participar do movimento e criar grupos específicos de prevenção ao bullying nas escolas. Na TV serão exibidos vídeos protagonizados por personalidades, como Claudia Leitte, Marcelo Tas, Ganso e Selena Gomez, contando o que pode ser feito para evitar o problema. 

"Com o aplicativo criado pelo Facebook e o engajamento de milhões de adolescentes e adultos nas redes sociais, a conscientização sobre a importância da prevenção ao bullying terá um alcance nunca visto antes", declarou em nota à imprensa Barry Koch, vice-presidente sênior e gerente-geral do Cartoon Network para a América Latina. 

Para Felipe Angeli, coordenador do Sistema de Proteção Escolar da Secretaria, ter uma ferramenta de comunicação com os alunos é um ganho de qualidade no debate sobre o bullying. "É de nosso interesse ter uma linguagem próxima dos jovens para que eles entendam essa questão com mais seriedade". De acordo com Gustavo Teixeira, psiquiatra infantil e autor do livro Manual Antibullying (Ed. BestSeller), a luta contra o problema passa pelo diálogo com as crianças. "É importante falar direto com elas, explicar  o que é bullying." 

Outras ações

A Secretaria da Educação do Estado também firmou uma parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para distribuir 250 mil cartilhas a todos os professores da rede estadual. O material esclarece dúvidas sobre como identificar agressores e vítimas, qual é o comportamento dessas crianças e dá dicas para auxiliar na superação dos problemas.

"Essa campanha não é o começo nem o fim da luta contra o bullying, é mais um passo que estamos dando. Ele já é um assunto muito falado, e hoje existe até certa banalização. Nossa ideia agora é colocar os pingos nos is, separar o que é e o que não é bullying e qualificar o debate", afirmou Angeli.

Importância da campanha

Para Gustavo Teixeira, a atenção dos órgãos públicos em relação ao problema é fundamental para preveni-lo. "É importante que o governo tenha planejamento e sensibilidade para esse tipo de campanha. Um programa assim só é eficaz se for feito de forma continuada. É preciso capacitar educadores, professores, funcionários das escolas, além dos pais, para que eles trabalhem esse tema continuamente". Na opinião do psiquiatra, a questão deve ser vista como um problema de saúde pública, já que o bullying está entre os principais fatores que levam à depressão e suicídio entre jovens. E, para combatê-lo, é preciso trabalhar conceitos de ética, moral e respeito às diferenças, desde cedo.

Afinal, o que é bullying?

Em crianças com cerca de 3 anos já é possível identificar reações de bullying. Os conflitos fazem parte do desenvolvimento de qualquer criança, mas tapas e mordidas frequentes, sempre na mesma vítima, são algumas características. À medida em que as crianças crescem, o abuso se torna mais psicológico. Nas meninas, o mais comum é fazer fofocas, excluir. Separamos algumas dicas para você ficar de olho. 

Existe bullying quando... 

- As agressões, físicas ou psíquicas, são repetitivas e intencionais, contra a mesma criança, por muito tempo; 
- Não existem motivos concretos para as agressões; 
- Há desequilíbrio de poder: o agressor é mais forte ou mais poderoso que a vítima; 
- O sentimento que causa nas vítimas é de medo, angústia, opressão, humilhação ou terror. 

E não existe quando... 

- As agressões são casuais ou pontuais. As crianças logo estão brincando juntas de novo; 
- As brigas são causadas por motivos como a disputa de um brinquedo; 
- A brincadeira, mesmo que mais agressiva, é entre iguais; 
- Os papéis se alternam: a criança que hoje é a vítima na brincadeira, na semana seguinte pode ser o agressor; 
- O sentimento na brincadeira é de alegria. A criança gosta dos apelidos e se diverte nas brincadeiras.
Fonte: Revista Crescer

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Movimento: por que ele é tão importante.


Confira como organizar o espaço da creche com a finalidade de estimular a linguagem corporal para impulsionar o desenvolvimento físico e cognitivo dos pequenos.
Um dos primeiros movimentos que os bebês executam logo ao nascer é sugar. Com o passar do tempo, o repertório aumenta e é aperfeiçoado com base no contato com o entorno, as pessoas e os objetos. Essa oportunidade é importante para garantir a sobrevivência dos pequenos e a comunicação deles com o ambiente antes da aquisição da linguagem oral. Por meio de gestos, eles exploram e conhecem o mundo em que vivem. Esse estágio foi descrito como sensório-motor (ou projetivo) pelo médico, psicólogo e filósofo francês Henri Wallon (1879-1962). 

Na creche, trabalhar a temática do movimento requer planejamento. A ausência de berços, somada a atividades de dança que envolvem gestos repetitivos e coreografados e os tradicionais circuitos que desafiam a turma a descer, subir, rolar, entrar e sair, é interessante. Mas é preciso garantir ainda mais, pensar em propostas que desafiem as crianças constantemente a ir e vir, a explorar ações que ainda desconheçam, a experimentar sensações e a conhecer o próprio corpo, possibilidades e limites. Para isso, organizar a sala com elementos pertinentes e espaços livres é essencial. 

Não existe uma fórmula para criar um ambiente corporalmente desafiador. No entanto, bons exemplos podem ajudar, mostrando como o espaço deve ser organizado para favorecer a pesquisa de movimentos e a estimulação dos sentidos da criançada. É importante oservar que a diversidade deve ser contemplada para além do tipo de objeto. A disposição e o tamanho de cada um são pensados pelos educadores. 

Essa preocupação, de acordo com o livro Educação de Bebés em Infantários (Jacalyn Post e Mary Hohmann, Ed. Fundação Calouste Gulbenkian, 380 págs., edição esgotada), é importante para incentivar diversas interações. Objetos grandes e pequenos, colocados no alto e mais próximos ao chão, permitem que os bebês investiguem meios de alcançar todos eles. Além disso, garantir que na sala existam peças grandes, como as de mobiliário, evita que eles vejam o adulto como um gigante. 

Além de garantir um bom trabalho com movimento, essas intervenções rendem frutos para a construção e o desenvolvimento da autonomia e da identidade, outro eixo fundamental na Educação Infantil. Segundo Ana Lúcia Bresciane, psicóloga e formadora de professores, o desenvolvimento motor favorece as descobertas e a expressão de sensações e sentimentos, promovendo a comunicação segundo as marcas simbólicas, próprias da cultura infantil. Nara de Oliveira, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), completa: "Pensar de forma opositiva, corpo versus mente, só reforça estereótipos". Então, aproveite ao máximo as oportunidades de pôr a turma para se mexer.
Fonte: Site Nova Escola

quinta-feira, 14 de junho de 2012

O valor da interação na pré-escola.


Trabalhar junto com os colegas é uma ótima maneira de aprender, fazendo o que os especialistas chamam de construção colaborativa do conhecimento
A forma mais comum de incentivar a interação no dia a dia é dividir a turma em grupos. Mas é preciso garantir que essa forma de trabalho gere bons frutos. Infelizmente, ainda é comum os pequenos nem conversarem entre si até o professor dar orientações sobre o que fazer. O professor César Coll, do Departamento de Psicologia Evolutiva e da Educação da Universidade de Barcelona, na Espanha, desenvolveu uma teoria para explicar a influência positiva da relação entre os pequenos na escola - e a batizou de construção colaborativa do conhecimento. Segundo Coll, a aprendizagem se dá justamente no momento em que as crianças, no auge do conflito de idéias, precisam buscar soluções. Muita gente ainda acha que elas não vão conseguir encontrar conclusões coletivas baseadas em suas hipóteses individuais e que, portanto, o melhor é dar as respostas certas de uma vez. "Cabe ao educador compreender que também as crianças podem construir o saber, que o conhecimento não está apenas nas mãos dele", diz a consultora pedagógica de NOVA ESCOLA, Regina Scarpa. 

César Coll apóia sua teoria nas idéias do suíço Jean Piaget (1896-1980) e do russo Lev Vygotsky (1896-1934). "É necessário que o professor deixe de ser um mero conferencista e estimule a pesquisa e o esforço, em vez de se contentar com a transmissão de soluções já prontas", escreveu Piaget emPara Que Serve a Educação?, de 1973. Segundo ele, a criança não é um robô, que apenas retém as informações tal como elas lhe são apresentadas, mas um sujeito que interpreta o que a escola se propõe a ensinar. Em outras palavras, toda criança constrói o conhecimento intermediada pelo outro. 

Já Vygotsky diz que as interações sociais são as alavancas do processo educativo. Segundo ele, é essencial a turma travar contato com o maior número de pessoas, adultos e crianças, inclusive os colegas, numa relação de ajuda mútua. A você cabe o papel de ampliar o conhecimento, mas sempre partindo do que cada criança já sabe, com base em suas experiências prévias dentro e fora da escola. Escreveu Vygotsky: "Tanto quem ensina como quem recebe a informação aprende, pois, ao ensinar, o parceiro mais experiente reorganiza seu conhecimento e assim sabe cada vez mais".
Fonte: Site Nova Escola

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Saiba como ensinar educação financeira infantil.


O modo como cada um de nós lida com dinheiro costuma ser aprendido entre os cinco e seis anos.
Com a educação financeira, a criança tem chance de aprender a planejar gastos e a consumir de um modo responsável, livre da alienação consumista. Como a educação exige consistência e repetição, quanto mais cedo se começa, maiores são as  chances de sucesso na construção de uma mentalidade responsável em relação ao dinheiro.
Existem estudos que comprovam que o modo como cada um de nós lida com dinheiro costuma ser fixado entre os cinco e seis anos. A partir daí, a tendência a repetir os mesmos padrões de comportamento, sem conseguir estabelecer modificações realmente consideráveis, vai se consolidando no decorrer da vida.
A educação financeira infantil proporciona maturidade para evitar essa situação e ainda faz mais: ensina a gastar com prazer, a investir, a doar e a poupar. Desde os primeiros anos de vida, a educação financeira deve ser prioritária, para que as crianças e jovens cidadãos busquem a felicidade, a realização de seus desejos ilimitados com adequação ao dinheiro ou mesada disponível.
Diante da realidade econômica do país, das influências dos meios de comunicação e da falta de tempo dos pais em acompanhar a educação dos filhos foi que surgiu a necessidade de incluir esse tema no ensino escolar. O objetivo é desenvolver nos alunos habilidades para saber como administrar suas finanças de forma consciente, sem prejudicar o meio ambiente, aprendendo a ter ética para ganhar e gastar dinheiro.
Fonte: Site Tecnologia e Treinamento

De garota engajada a mãe verde.


Severn Cullis-Suzuki ficou conhecida mundialmente na Eco 92 quando, aos 12 anos, pediu atenção ao meio ambiente para que sua geração tivesse um futuro melhor. Hoje, ela é mãe de duas crianças e, em junho, virá novamente ao Brasil para a Rio +20. Ela falou com exclusividade para CRESCER sobre como os pais podem educar seus filhos para a sustentabilidade.
Se você está na casa dos 30 anos, provavelmente se lembra da Eco 92, o primeiro grande evento em que países dos quatro cantos do mundo discutiram o futuro do planeta como um lugar sustentável. E deve se recordar também de uma menina de 12 anos que fez um discurso e entrou para a história como “a garota que calou o mundo”. Era a canadense Severn Cullis-Suzuki que, em plena adolescência, conseguiu dinheiro com os amigos para viajar ao Brasil, um país mais de 11 mil quilômetros distante do seu, e defender o meio ambiente. Duas décadas mais tarde, ela está prestes a voltar para cá, desta vez como parte da delegação canadense do Rio +20, encontro em que líderes mundiais discutirão os rumos que a sustentabilidade e a erradicação da pobreza no mundo tomaram.
Filha do renomado ambientalista David Suzuki, Severn é mãe do menino Ganhlaans, 2 anos, e do bebê Tiisaan, 4 meses, a quem se dedica em tempo integral. Ela vive no arquipélago de Haida Gwaii, costa oeste do Canadá, com os filhos e o marido, que trabalha com preservação de animais e plantas em um parque. De lá, escreve livros para crianças e apresenta um programa de TV sobre a questão da água para populações indígenas.
Nesta entrevista, Severn confessa ter descoberto que, depois dos filhos, algumas atitudes “verdes” podem ficar mais difíceis de ser seguidas, como comprar alimentos orgânicos, que são mais caros, para toda a família. Ainda assim, garante que as crenças que a tornaram conhecida no mundo são as mesmas. “Eu não mudaria uma palavra do discurso de 92. Ele poderia ser repetido por completo agora.” Confira o que mais ela nos falou.

O que você acha que mudou no mundo e na sua cabeça desde 1992?
R: Eu cresci, mas muitas das minhas opiniões continuam iguais. Já em termos mundiais, estamos em um momento de avaliar se somos mesmo bem-sucedidos ambientalmente. Acho que falhamos porque não estamos nem perto de ser uma população sustentável. Mas o lado bom é que hoje, com a internet, qualquer um pode se envolver e mudar suas atitudes, estudar causas, soluções e conhecer outros exemplos.

Agora que é mãe, ainda consegue manter as mesmas atitudes sustentáveis?
R: Sim. Penso do mesmo jeito e ainda me sinto mais forte para lutar pelo que sempre acreditei. O que mudou foi a perspectiva. Antes eu lutava pelo meu futuro. Agora, pelo das minhas crianças. E compreendo totalmente esse amor entre mãe e filho... Não há nada mais forte! Isso dá sentido a nossas atitudes diárias. Temos mais força para lutar por políticas governamentais que garantam que o ecossistema continue a nos prover.

Seus pais tiveram um papel importante na sua formação como ambientalista. Como os pais influenciam seus filhos nessa questão?
R: Meus pais foram fundamentais! Acredito que nossos genitores são os nossos primeiros educadores, os modelos de comportamento. Meus pais nunca me disseram para eu fazer isso ou aquilo. Mas eles eram envolvidos com o meio ambiente e, mais importante, me mostravam com ações. A questão é que não basta só falar. Para mostrar algo a uma criança, em especial em termos de valores e ideologias, você precisa ser parte da mudança, acordar para isso, fazer sua voz ser ouvida. Essas atitudes devem existir especialmente em pessoas envolvidas na educação de crianças.

Fonte: Revista Crescer